sábado, 2 de abril de 2011

Secretário!!! Não nos faça da PALHAÇO!!!

O secretário Herman Voorwald durante discurso: ouvir reclamações pode; discutir reajuste, não

Secretário Estadual defende reconstrução da carreira do professor, mas recua quando assunto é reajuste salarial da categoria


Por Assis Cavalcante/Agência BOM DIA

O secretário Herman Voorwald durante discurso: ouvir reclamações pode; discutir reajuste, não

Mayco Geretti Agência BOM DIA

Durante boa parte desta quarta-feira o secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, esteve no Teatro Municipal de Sorocaba reunido com professores, diretores e funcionários administrativos de escolas da rede pública estadual da região para, basicamente, ouvir o que pode ser melhorado quando o assunto é ensino.

Herman citou várias vezes sua meta de valorizar o professor, mas quando indagado sobre os 36% de reajuste salarial requisitados pela categoria, saiu pela tangente.

O secretário deu a entender que não poderia comentar sobre questões salariais sem a autorização do governador Geraldo Alckmin, mas reconheceu a necessidade de melhores salários. “Queremos desenvolver uma política salarial que reconstrua a carreira do professor. Hoje sabemos que temos um quadro de funcionários desiludido com as oportunidades oferecidas”.

Nos últimos 45 dias o secretário já percorreu 10 polos regionais, sempre com o intuito de colher informações. Nesta quarta, após passar a manhã conversando com os profissionais da região, disse que suas reivindicações não divergem daquelas já apontadas por profissionais de outras áreas do Estado, mas afirma que cada local tem suas peculiaridades e problemas mais ou menos latentes.

“A política salarial, um plano de carreira bem definido, a estruturação das unidade de ensino e o fim do clima de violência contra o professor em escolas instaladas em bairros de risco social estão entre os anseios comuns da categoria”, enumera.


Qualidade do ensino
Herman afirma que ainda há disparidades entre a qualidade do ensino oferecido nas diferentes regiões do Estado, mas exaltou a qualidade média do ensino. Para embasar seu argumento, alegou que 40% dos novos alunos recebidos pelas três universidades públicas paulistas (USP, Unicamp e Unesp) são provenientes do Ensino Médio da rede pública estadual. “Não posso me omitir e dizer que não há problemas, mas há evolução. Nossos programas pedagógicos são bons”.

Para secretário, Saresp e Idesp estão ‘contaminados’
O secretário criticou a fórmula do Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) e o Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo), ambas avaliações aplicadas aos alunos da rede estadual como forma de avaliação da qualidade do ensino.

Herman afirma que as avaliações têm o resultado “contaminado” pela falta de motivação dos estudantes que os prestam. Por não oferecerem uma vantagem como o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) – no qual um bom desempenho pode representar um acesso mais facilitado a universidades públicas e privadas – o Saresp e o Idesp estariam fadados ao desinteresse. “Quando não há essa relação de causa e efeito fica difícil esperar que os alunos se empenhem. Sabemos que alguns só colocam seus nomes e deixam a prova em branco”.

O secretário estadual afirma que a fórmula compromete os professores, que recebem bônus salarial com base no desempenho dos alunos de sua classe no Saresp.

Fonte: http://www.redebomdia.com.br/

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