segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Espalham-se mobilizações contra a "Reorganização Escolar" de Alckmin


Após quase duas semanas da divulgação pela Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo (SEE-SP) do plano de “Reorganização Escolar”, já começam a ficar mais claras as reais intenções do governo estadual. Boa parte já havíamos apontado em artigo anterior sobre essa questão se concretiza 

- Fechamento de escolas: Como a própria SEE-SP informou “A reorganização poderá levar até ao fechamento de algumas unidades [...] “(1) Essa “Reorganização escolar” representa um profundo ataque a professores, estudantes e pais. Ao afirmar falaciosamente que necessita adequar uma rede projetada para 6 milhões de estudantes, mas que “só” tem 4 milhões, a SEE-SP está tentando justificar o fechamento de centenas de escolas em todo o Estado. Como podem afirmar tal coisa se a maioria das salas na rede estadual são superlotadas, só podendo ser abertas com 40 alunos em lista? Não sobram, faltam escolas. Afinal, se o máximo permitido fosse de 25 alunos por sala, o que começaria a viabilizar as aulas, os “espaços ociosos” se tornariam, ao contrário, insuficientes.
- Superlotação das escolas que continuam existindo: Mesmo as escolas que não serão fechadas sofrerão com esse processo. Imaginem uma escola com 10 salas, 40 alunos por sala, que funcione em 2 períodos (manhã e tarde). Isso significa 800 alunos e entre 10 e 20 professores. Após a escola fechar, para onde vão esses alunos? Para a escola mais próxima de sua residência num raio de 1,5km. E os professores? Mesma situação. O que ocorre então com as escolas que não fecham? Superlotação de salas.
- Professores efetivos “adidos”: para os professores existe ainda outro problema. Fecham-se as escolas, diminui o número de aulas disponíveis e aumenta a probabilidade, em especial para os professores que recentemente ingressaram, de ficarem “adidos” (quando o professor não tem à sua disposição o número mínimo de aulas para cumprir sua jornada). Imagine um Professor de Sociologia que ingressou no último concurso (2013-2014), tendo assim pontuação baixa na atribuição, mas ainda conseguindo pegar aulas em sua escola sede. Porém, como fecharam a escola vizinha, outro professor mais velho, com altíssima pontuação vem e toma seu lugar. Esse professor terá que atribuir, agora, aula, quando existir essa possibilidade, na Diretoria de Ensino sendo obrigado a lecionar em 3, 4 escolas para cumprir sua jornada mínima. Se as aulas não estiverem disponíveis, o professor receberá basicamente um salário mínimo, tendo que cumprir permanência de 10 aulas semanais.
- Professores categoria F exonerados: as Diretorias de Ensino estão sendo claras. Com o alto número de professores efetivos que ficarão adidos em 2016, muitos professores “estáveis” (ou o chamado categoria F) terão que atribuir aulas independente da distância, mesmo em outras diretorias de ensino. Caso se recusassem, serão exonerados.
- Municipalização das escolas estaduais: separando as escolas por ciclos, o que não tem nada a ver com “melhora da aprendizagem”, o estado só quer se livrar do ônus que é a educação para o orçamento do estado, desconsiderando o impacto que isso terá na vida de professores, pais e alunos, jogando a responsabilidade para os municipios que tem um orçamento menor.
- Servidores técnico-administrativos e trabalhadores terceirizados demitidos: realocação de funcionários para “onde existir espaço”, demissão dos trabalhadores e trabalhadoras terceirizadas das escolas fechadas.
A verdadeira intenção de Alckmin é só uma: CORTE DE CUSTOS. É o ajuste fiscal do PSDB querendo que a classe trabalhadora, que depende da escola pública, seja prejudicada em prol da manutenção dos privilégios das classes dominantes. Porém, professores, pais e estudantes estão em mobilização intensa em quase 20 cidades em todo o estado.

Professores e alunos tomam as ruas contra esse novo ataque

Tupã
Milhares de professores, pais e estudantes tomam as ruas do estado de São Paulo contra o ajuste fiscal do governo Alckmin na educação.
Em Tupã-SP 300 alunos e professores se manifestaram contra o fechamento da escola Lélio Toledo Piza e Anísio Carneiro:

Guarulhos
Em Guarulhos – SP, quase 800 estudantes tomaram as ruas contra a reestruturação:

Ibitinga 
Em Ibitinga-SP cerca de 1 mil professores e alunos protestaram na manhã do dia 2/10/2015 contra a reestruturação na rede estadual e o fechamento da escola estadual Iracema de Oliveira Carlos:
Em muitas outras localidades segue a mobilização da classe trabalhadora contra esse novo e mais forte ataque do governo tucano contra a educação Pública.

Jaú
 - Protesto contra a reestruturação e fechamento da escola estadual Major Prado em Jaú-SP:

 Hortolândia
- Protesto contra a reestruturação em Hortolândia – SP:

 Presidente Prudente

- Protesto contra a reestruturação em Presidente Prudente – SP:
Fonte: Hortolândia







 Leme

- Protesto contra a reestruturação em Leme – SP:

 São Paulo Capital  - Zona Leste
- Protesto contra a reestruturação e fechamento de escola na Capital (Zona Leste):

 Ribeirão Preto
- Protesto contra a reestruturação e fechamento de 4 escolas em Ribeirão Preto – SP:

 Osasco
- Protesto contra a reestruturação e fechamento de 7 escolas em Osasco – SP:

 Agudos
- Protesto contra a reestruturação em Agudos – SP:


 Poá
- Protesto contra a reestruturação em Poá – SP e contra o fechamento de uma escola:

 Catanduva
- Protesto contra a reestruturação em Catanduva-SP:

 Martinópolis

- Protesto contra a reestruturação e fechamento de escolas em Martinópolis – SP





Rancharia
 


Itapetininga
 
- Protesto contra a reestruturação em Itapetininga-SP:

São José dos Campos
 
- Protesto contra a reestruturação em São José dos Campos – SP, ver vídeo no link:  https://www.facebook.com/maria.i.noronha.5/videos/10200814908252344/

 Santos
- Protesto contra a reestruturação e contra o fechamento do Colégio Cleóbulo em Santos-SP, ver vídeo no link: https://www.youtube.com/watch?v=jWuX5f7ffWw&feature=youtu.be

 Araçatuba

Nenhum comentário:

Postar um comentário