Inicia-se a greve dos trabalhadores em educação paulistas, por salários dignos, pelo fim das contratações precárias, pela implementação de 1/3 de atividades extraclasses para os docentes e por mais investimento na educação pública. Milhares de trabalhadores lotam a avenida paulista e, em assembleia realizada ontem, no dia 19 de abril, decidem continuar a greve por tempo indeterminado.
O governo tucano do Estado de São Paulo, tentando justificar sua ineficácia política no setor da educação, já declarou para imprensa burguesa que as reivindicações dos educadores paulistas são “descabidas”. “Descabidas”, Senhor Governador? Descabido é, nesse país, tratar a educação pública como lugar social em que se naturaliza todo o tipo de precariedades, todo o tipo de descumprimento dos direitos trabalhistas.
A educação deveria ser modelo social de valorização profissional e de valorização dos serviços públicos prestados. Lamentavelmente, a educação pública só é objeto de discurso dos políticos nas épocas das eleições. Passados os holofotes eleitorais, segue a vida real, e a maioria dos políticos, eleitos à custa de falácias, seguem procurando fazer a população acreditar que está tudo normal e tudo certo no setor educacional, fazendo vistas grossas para as carências salariais, estruturais e pedagógicas que tornam a escola pública um lugar social infinitamente aquém de suas potencialidades.
É realmente “descabido” esse sistema público educacional brasileiro, bem como o sistema público educacional paulista. Fazer uma grande greve nacional dias 23, 24 e 25 de abril, participando dos movimentos organizados e exigindo 10% do PIB para educação já, é uma forma concreta de apoiar a greve dos trabalhadores em educação paulistas. Todos juntos em defesa da escola pública!
Por: Gílber Martins Duarte – Socialista Livre – Conselheiro do Sindute-MG e diretor da subsede do Sindute em Uberlândia - Professor da Rede Estadual de Minas Gerais – Doutorando em Análise do Discurso/UFU - Membro da CSP-CONLUTAS.
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