terça-feira, 11 de abril de 2017

A escola sem partido e a doutrinação seletiva

Por Marcelo Rocha
Uma "Escola sem partido" com aula sobre Nazismo, bandeiras e encenações; e uma BNCC - Base Nacional Comum Curricular com exclusão da diversidade, as culturas e todas as manifestações sociais é dar espaço para os preconceitos. 
                                            Foto: Reprodução/CSE
O movimento "escola sem partido", há tempos vem alegando "doutrinação ideológica" junto aos professores de todo Brasil, incluindo recentemente um caso gravíssimo em São Paulo-SP, onde o vereador e líder do MBL, Fernando Holiday/DEM-SP, invadiu escolas municipais para verificar o conteúdo aplicado pelos professores em sala de aula. Mas o que tem por trás disso, é a censura do pensamentos de estudantes que, historicamente, sempre lutaram contra as injustiças sociais e por uma transformação naquilo que está a sua volta.
                                             Foto: Reprodução/CSE
Porém, uma postagem recente no página do Facebook do Colégio Santa Emília na unidade Cordeiro, na cidade de Recife-PE, fez que muitos internautas ficassem horrorizados com a aula do professor que, segundo as fotos, tenta levar os estudantes à uma experiência nazista na escola, com bandeiras onde haviam suásticas, bracelete nazista, em uma sala onde só havia estudantes brancos. Posteriormente o colégio postou uma nota de esclarecimento, explicando o caso e a aula do professor.
E se fosse uma aula sobre a união soviética? Ou ele estive encenando alguma revolução comunista?
A preocupação aparente dos ditos "defensores da educação" é uma hipocrisia quando seus argumentos não defendem a "escola sem partido", e sim uma escola sem a pluralidade de idéias, uma escola que não combate os preconceitos mas os reafirma a partir do momento que a silencia, o ocorrido nesse colégio não passa de um dos exemplos do que é um combate seletivo. O que não é diferente das situações das escolas públicas no Brasil onde dia a dia é reafirmado vários preconceitos nas salas de aula, e a não há liberdade para que o estudante e professor possam se posicionar e também criar diálogos.

O projeto do "escola sem partido" tem um partido, e ele é a exclusão social, é a ditadura de pensamento, a escola é lugar de pluralidade e só vai conseguir ser efetiva, quando cada um estiver livre pra exercer sua cidadania, que vai ser de escolha, pensamento político, crenças e não crenças, e toda e qualquer decisão que pertence a cada ser. Nossos filhos tem que ter o maior direito humano, o direito de escolha, e só escolhemos onde há diversidade.
Fonte: https://ninja.oximity.com/article/A-escola-sem-partido-e-a-doutrina-1

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