Hipótese científica, teoria ou lei?
Conhecer a diferença entre uma hipótese, uma teoria
e uma lei, é essencial para a compreensão da ciência, mas para os que não
possuem conhecimentos específicos sobre determinados assuntos, às vezes essas
definições podem não ser tão claras assim, pois os mesmos termos são usados de
forma diferente em um contexto coloquial.
Definido a ciência.
Então, o que significa quando você chama algo de
hipótese, uma teoria ou uma lei?
Hipótese.
Uma hipótese é um palpite razoável baseado no que
você conhece ou observa, muitos não sabem, mas as hipóteses são provadas e
refutadas o tempo todo.
As hipóteses desempenham um papel importante no
método científico, o processo que atua como o fundamento da exploração
científica. Depois de formular uma pergunta, um cientista deve criar uma
hipótese, e uma potencial resposta para essa questão. Então eles fazem uma
previsão falseável, depois eles analisam e testam os dados. Mesmo assim, uma
hipótese precisa ser testada e reanalisada muitas vezes antes de ser geralmente
aceita na comunidade científica como verdadeira.
Exemplo: você observa que, ao acordar todas as
manhãs, seu lixo é derrubado e o espalhado pelo quintal. Você cria uma hipótese
de que os guaxinins foram os responsáveis por esse ato. E através de testes, os
resultados apoiarão ou refutarão sua hipótese.
Teoria.
Uma teoria científica consiste em uma ou mais
hipóteses que
foram suportadas através de repetidos testes. As teorias são um dos pilares da
ciência, e são amplamente aceitas na comunidade científica como sendo verdade.
Uma teoria nunca deve ser demonstrada como
incorreta; se for, a teoria já estará provada. As teorias também podem evoluir.
Isso não significa que a velha teoria estava errada. Ela poderia simplesmente
estar incompleta.
A evolução da física newtoniana para a relatividade
geral é um exemplo de criação de uma ‘’teoria mais completa.’’
Quando Sir. Isaac Newton descobriu a teoria da
gravidade e escreveu leis que explicavam os movimentos dos objetos, ele não
estava errado sobre o funcionamento do mundo, mas ele também não estava
totalmente correto. Einstein mais tarde descobriu as teorias da relatividade
geral e especial, e assim criou uma teoria mais completa da gravidade. Na
verdade, quando você está muito abaixo da velocidade da luz, muitas das
equações em geral da relatividade especial dão os resultados de Newton. E a
NASA usou os dados das equações de Newton para planejar missões para suas naves
espaciais.
Então, o que acontece quando você tem duas teorias
que se contradizem, como as teorias do estado estacionário e a teoria do Big
Bang (a primeira diz que a densidade do universo não muda ao longo do tempo e
não tem início e nem fim, enquanto o última afirma que o universo foi se
tornando bem menos denso com o passar do tempo, e que ele se iniciou a partir de
algum ponto do tempo com o Big Bang).
Nesse caso, os cientistas fizeram observações,
hipóteses e previsões testáveis para descobrir qual teoria estava correta. Por
exemplo, um cientista pode observar que o universo está em expansão, e
imaginando que em algum ponto ele se iniciou, e ele foi então testar sua
hipótese através da matemática.
Eventualmente, nenhuma das teorias foi revogada
completamente, como foi o caso da teoria do Estado estacionário e do Big Bang,
isso por que ambos aspectos corretos de cada teoria foram combinados para
formar uma nova e melhorada teoria.
Em ambos os casos, as teorias precisaram suportar
os rigores de testes e retestes. Depois que uma teoria se revela ao longo do
tempo, a comunidade científica a aceita como correta. Em muitos casos, essas
teorias constituem o fundamento sobre o qual outras teorias são construídas. Um
exemplo são as teorias de Einstein para a relatividade geral e especial. Essas
teorias se sustentam como bases para muitas, muitas outras teorias e equações (como
a lei de Hubble e o raio de Schwarzschild).
Se a relatividade nunca for refutada, isso causaria
um efeito dominó em muitas outras áreas da ciência. No entanto, uma vez que a
matemática sempre funciona no caso da relatividade, a probabilidade de isso acontecer
é muito, muito baixa. A relatividade provavelmente se tornará uma pequena peça
de um quebra-cabeça bem mais complexo, e a melhor candidata segundo os
cientistas a teoria mais completa, é a hipótese da ‘’ Grand Unification’’, mas
esse é um assunto para uma outra hora.
Lei.
As leis científicas são curtas, doces e sempre
verdadeiras. Elas são muitas vezes expressas em uma única frase e geralmente
dependem de uma equação matemática concisa.
As leis são aceitas como universais, e também são
as pedras angulares da ciência. Elas nunca devem estar incorretas (é por isso
que existem muitas teorias e poucas leis). Se uma lei fosse comprovadamente
falsa, qualquer ciência construída sobre essa lei também teria que ser
descartada.
Exemplos de leis científicas (também chamadas de
"leis da natureza") incluem as leis da termodinâmica, a lei dos gases
de Boyle-Mariotte, e a leis da gravitação.
Teoria versus Lei.
Uma lei não é melhor do que uma teoria, ou
vice-versa. Elas são apenas diferentes e, no final, o que importa na verdade, é
que elas sejam usadas corretamente.
Uma lei é usada para descrever uma ação sob certas
circunstâncias. Por exemplo, a evolução é uma lei - a lei nos diz o que
acontece, mas não descreve como ou porquê.
Uma teoria descreve como e por que algo acontece.
Por exemplo, a evolução através da seleção natural é uma teoria. Ela fornece
uma série de descrições para vários mecanismos e descreve o método pelo qual a
evolução funciona.
Outro exemplo é a famosa equação Einstein E = MC².
A equação é uma lei que descreve a ação da energia sendo convertida em massa.
As teorias da relatividade especial e geral, por outro lado, mostram como e por
que algo com massa é incapaz de viajar à velocidade da luz.
Felizmente, isso deve ter ajudado a expandir a sua
compreensão, do que significa quando os cientistas chamam de algo de uma
hipótese, uma teoria ou uma lei.
Referências: Thought Co , UC Berkeley
Fonte: https://goo.gl/jpeBR8
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