domingo, 19 de agosto de 2012

O capitalismo fracassou!


O sistema capitalista é uma prática econômica-jurídica-ideológica-discursiva que fracassou, se avaliarmos uma série de quesitos como justiça social, paz social, liberdade social,oportunidade social para todos, sustentabilidade sócio-ambiental, civilização global, progresso educacional, distribuição alimentar, urbanização sustentável, transporte sustentável, moradia a todos, segurança social.

Os teóricos da burguesia já declamaram, a mil cantos do mundo, a morte do marxismo e a morte do socialismo. Porém, por incrível que pareça, o que temos assistido é a agonia do próprio sistema capitalista. Nós, socialistas livres, não nos iludimos com o modelo consumista-tecnológico do capitalismo, que cria uma aparência de progresso e de que tudo está indo muito bem. Na verdade, o consumismo pregado pelo capitalismo é totalmente anárquico, está ao alcance de uma minoria, e, pior, pode levar inclusive à destruição ambiental de nosso planeta. A tecnologia criada pelo capitalismo também não redime a humanidade dos seus atrasos em relação à educação, infra-estrutura, segurança social, civilização global, urbanização sustentável, entre outros atrasos.
A juventude, em um primeiro momento, se deixa iludir pelas tecnologias modernas, mas otrabalho duro continua sendo a espinha dorsal da sociedade, então, logo, logo, a juventude descobre que os celulares e computadores de última geração, com as mais variadas formas de interação virtual, não lhes proveem as necessidades energéticas da sobrevivência: começa a vida real para os jovens muito mais cedo que eles imaginam.
Assim, na vida real, o capitalismo segue sendo um fracasso social: assassinatos em série, analfabetismo, miséria, corrupção, banalização da vida, caos urbano, destruição ambiental são exemplos visíveis desse fracasso. Por isso, fazer propaganda da necessidade do socialismo, conforme as orientações marxistas, em dias atuais, já não nos parece tão abstrato ou utópico assim. O capitalismo fracassa inclusive na Europa, berço das conquistas sociais que o capitalismo outrora propiciara. Não há mais para onde correr, não adianta mais mudar de continente, todos os continentes já foram assaltados pelo capitalismo, também não é possível mudar de planeta e começar a colonização de outras esferas planetárias. A vida real é aqui mesmo, no planeta Terra, então a humanidade necessita começar a imaginar outras possibilidades para construir outras práticas econômicas-jurídicas-ideológicas-discursivas. É nesse sentido que o marxismo continua a ser a grande filosofia de nossa era, não se trata de reinventar a roda: o trabalho é que cria as riquezas do mundo. Reorganizar o trabalho é o único modo de dar início à uma mudança revolucionária ao mundo.
Para onde vão os frutos do trabalho? Quem realiza o trabalho? Como são distribuídos os produtos do trabalho? Como se planeja o trabalho? Quem deve se beneficiar dos frutos do trabalho? Quais deveriam ser as prioridades coletivas dos frutos do trabalho? Como organizar o trabalho para que se produza sem destruir nossas fontes naturais de energia, já que a natureza segue sendo nossa matriz de matérias-primas? Essas velhas perguntas marxistas recolocam em cena a classe operária como a grande classe revolucionária. São os trabalhadores que podem criar um mundo mais justo, mais civilizado, mais sustentável ambientalmente, mais fraterno, mais livre. Não é possível seguir destruindo seres humanos e o próprio planeta em função de uma classe minoritária. Os trabalhadores e suas teorias é que podem libertar a humanidade do fracasso social em que está imersa.
O capitalismo está sob suspeita. Suas práticas precisam ser desnaturalizadas, deseternizadas, deslegitimadas. Não é necessário que as relações de produção se reproduzam tal qual se encontram, é possível e é viável transformá-las. Esse é o legado do marxismo, esta é a luta de classes que segue em disputa. Nós, socialistas livres, colocamos nossa voz e nossa prática a serviço da construção desse mundo novo, que, para nós, tem de ser socialista e tem de ser livre, banindo dessa liberdade, a liberdade de oprimir e a liberdade de explorar. Nossa liberdade deve ser criativa, socialista e generosa: todas as práticas capitalistas e atrasadas devem ser banidas do Socialismo Livre.
Não queremos repetir a tragédia estalinista, que formou um estado operário burocratizado e limitador da liberdade individual de seus indivíduos, esse socialismo-estalinista também fracassou. Isso fez com que o povo perdesse toda a sua criatividade e sua liberdade face à ditadura estatal burocratizada. Queremos um estado operário em que haja oportunidades de segurança social para todos; em que haja liberdade de crítica para todos; em que haja liberdade de escolha a todos os indivíduos desde que não seja para oprimir e para explorar; em que haja plena liberdade de criação cultural, de criação científica, de criação educacional, de criação místico-religiosa; em que haja plena liberdade afetivo-sexual. Enfim, face ao fracasso do capitalismo e do socialismo estalinista, queremos o Socialismo Livre, em que a prática da generosidade econômico-jurídico-social seja nossa meta principal. Os trabalhadores devem ser o arauto desse novo mundo. O capitalismo fracassou, mas a classe trabalhadora precisa unir forças para criar outro mundo, pois as forças reacionárias e atrasadas da humanidades não renunciam às suas próprias práticas parasitárias: os dominantes reacionários são cegos no interior da própria ideologia que os constitui.

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