quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A sede de LUCRO e a degradação da Natureza: inevitável e necessária essa prática capitalista?


Todos aqueles que lutam pela preservação do meio-ambiente já o sabem: a Terra possui limites, logo, seus recursos naturais são finitos! Não estamos mais na época histórica das colonizações via grandes navegações, em que se exploravam novos continentes, como se o planeta fosse plano e infinito. A grande questão atual então é: por que os gestores do capital, sabendo que os recursos do planeta são finitos, nada fazem para conter, inclusive, uma possível catástrofe ambiental de dimensão planetária?

É legítima e inevitável a exploração da Natureza que tem sido realizada em busca da acumulação incessante de lucros? Infelizmente, os capitalistas acham que sim. Marx já dizia que o modo de produção capitalista é totalmente anárquico, ou seja, não se planeja o que se vai produzir, não se planejam as reais necessidades da população para se dar início à exploração da Natureza, não se estabelecem prioridades coletivas na produção. No capitalismo, não se produz em função do bem estar da vida da coletividade e em função de satisfazer as necessidades básicas das pessoas, ao contrário, produz-se, simplesmente, no intuito de obter LUCRO! Sempre foi assim e sempre será, enquanto o sistema for capitalista! O capitalismo nasce com a ideologia da exploração custe o que custar, doa a quem doer, essa é sua filosofia política insana! Preocupações com a Natureza não fazem parte da constituição ideológica de um explorador capitalista!

Assim, para obter lucro, os burgueses não pensam duas vezes: vale explorar os corpos da classe trabalhadora, custe o que custar, doa a quem doer, bem como vale explorar irracionalmente e compulsivamente a Natureza, custe o que custar, doa a quem doer! Lucro, lucro, lucro! Esta é a palavra de ordem da burguesia! Derrubar árvores silvestres para a indústria madeireira não constrange a ética ambiental de um capitalista que só pensa em lucro! Desmatar encostas, derrubar matas ciliares, destruir nascentes, drenar brejos, construir represas, furar poços artesianos próximos de nascentes, desviar leitos de rios também não constrangem a ética ambiental de capitalistas que acham que o sentido da vida está em obter lucros acima de tudo! Acabar com o restante das florestas dos planetas também não constrange a ética ambiental de capitalistas que, em busca de lucro, querem transformar o planeta numa grande granja de criação de gado. Entupir as cidades com carros e mais carros, ao ponto de se tornarem intransitáveis, ao invés de construir transportes públicos de qualidade também não constrange a ética ambiental de capitalistas que só pensam em lucrar com as vendas e mais vendas da indústria automobilística.

Enfim, muitos outros exemplos poderiam ser dados, para demonstrar a anarquia irracional da produção capitalista que se baseia simplesmente na produção para gerar lucros para os capitalistas exploradores. Tais capitalistas, cuja ética social e ambiental é nenhuma, já que somente pensam em LUCRO, LUCRO, são os verdadeiros inimigos da Natureza e por consequência da vida futura da Humanidade. Os governos, de um modo geral, também não fazem nada, são cúmplices e submissos aos grandes capitalistas. No Brasil, por exemplo, o novo Código Florestal representou mais uma capitulação do Governo Dilma à lógica dos grandes latifundiários. Na prática, o Novo Código Florestal representa um avanço na legitimação da degradação dos recursos ambientais.

Nós, socialistas livres, não nos iludimos e não nos enganamos, a destruição ambiental só poderia ser contida por um governo socialista dos trabalhadores que tenha como ética, não o lucro, não a anarquia da produção, não a exploração insana da Natureza, mas a seguinte máxima marxista que, a nosso ver, deveria ser ampliada, pensando-se a realidade planetário-histórica atual. Marx pensava a distribuição de riquezas no Socialismo com a seguinte máxima: “a cada um segundo suas necessidades”, obviamente, extirpando-se os privilégios burgueses-individuais. Atualmente, levando-se em conta a necessidade de um planejamento da produção, levando-se em conta a finitude dos recursos planetários e levando-se em conta a necessidade da preservação ambiental, tal máxima revolucionária deveria ser a seguinte: “A cada um segundo suas necessidades, extirpando-se privilégios burgueses, desde que a satisfação destas necessidades da coletividade socialista respeite os limites dos recursos naturais do planeta, preservando, planejando, não destruindo as fontes primárias da vida!”

Portanto, defender o Planeta, hoje, é Ser Socialista, é lutar pelo Modo de Produção Socialista Ambientalmente Planejado. Logo, é ser radicalmente contra o modo Capitalista de Produção, anárquico e irracional, cuja palavra de ordem se chama LUCRO, custe o que custar, doa a quem doer!

Ser Socialista Livre é também lutar por essa causa! É lutar pela justiça social de cunho Socialista, pelo fim da exploração de classe, mas é também lutar para que haja possibilidade de vida futura para a humanidade, preservando a Natureza!

Aos leitores que queiram aprofundar seus conhecimentos acerca da necessidade de se construir uma consciência ambiental crítica, que é fundamental para a construção de um mundo socialista futuro, livre de exploração, livre de opressão, ambientalmente planejado, vale a pena conferir os estudos divulgados no Blog: http://eacritica.wordpress.com/  Saudações Socialistas Livres.

Fonte: http://socialistalivre.wordpress.com

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