A sede de LUCRO e a degradação da Natureza: inevitável e necessária essa prática capitalista?
Todos
aqueles que lutam pela preservação do meio-ambiente já o sabem: a Terra
possui limites, logo, seus recursos naturais são finitos! Não estamos
mais na época histórica das colonizações via grandes navegações, em que
se exploravam novos continentes, como se o planeta fosse plano e
infinito. A grande questão atual então é: por que os gestores do
capital, sabendo que os recursos do planeta são finitos, nada fazem para
conter, inclusive, uma possível catástrofe ambiental de dimensão
planetária?
É
legítima e inevitável a exploração da Natureza que tem sido realizada
em busca da acumulação incessante de lucros? Infelizmente, os
capitalistas acham que sim. Marx já dizia que o modo de produção
capitalista é totalmente anárquico, ou seja, não se planeja o
que se vai produzir, não se planejam as reais necessidades da população
para se dar início à exploração da Natureza, não se estabelecem
prioridades coletivas na produção. No capitalismo, não se produz em
função do bem estar da vida da coletividade e em função de satisfazer as
necessidades básicas das pessoas, ao contrário, produz-se,
simplesmente, no intuito de obter LUCRO! Sempre foi assim e sempre será,
enquanto o sistema for capitalista! O capitalismo nasce com a ideologia
da exploração custe o que custar, doa a quem doer, essa é sua filosofia
política insana! Preocupações com a Natureza não fazem parte da
constituição ideológica de um explorador capitalista!
Assim, para obter lucro, os burgueses não pensam duas vezes: vale explorar os corpos da classe trabalhadora, custe o que custar, doa a quem doer, bem como vale explorar irracionalmente e compulsivamente a Natureza,
custe o que custar, doa a quem doer! Lucro, lucro, lucro! Esta é a
palavra de ordem da burguesia! Derrubar árvores silvestres para a
indústria madeireira não constrange a ética ambiental de um capitalista
que só pensa em lucro! Desmatar encostas, derrubar matas ciliares,
destruir nascentes, drenar brejos, construir represas, furar poços
artesianos próximos de nascentes, desviar leitos de rios também não
constrangem a ética ambiental de capitalistas que acham que o sentido da
vida está em obter lucros acima de tudo! Acabar com o restante das
florestas dos planetas também não constrange a ética ambiental de
capitalistas que, em busca de lucro, querem transformar o planeta numa
grande granja de criação de gado. Entupir as cidades com carros e mais
carros, ao ponto de se tornarem intransitáveis, ao invés de construir
transportes públicos de qualidade também não constrange a ética
ambiental de capitalistas que só pensam em lucrar com as vendas e mais
vendas da indústria automobilística.
Enfim,
muitos outros exemplos poderiam ser dados, para demonstrar a anarquia
irracional da produção capitalista que se baseia simplesmente na
produção para gerar lucros para os capitalistas exploradores. Tais
capitalistas, cuja ética social e ambiental é nenhuma,
já que somente pensam em LUCRO, LUCRO, são os verdadeiros inimigos da
Natureza e por consequência da vida futura da Humanidade. Os governos,
de um modo geral, também não fazem nada, são cúmplices e submissos aos
grandes capitalistas. No Brasil, por exemplo, o novo Código Florestal
representou mais uma capitulação do Governo Dilma à lógica dos grandes
latifundiários. Na prática, o Novo Código Florestal representa um avanço
na legitimação da degradação dos recursos ambientais.
Nós,
socialistas livres, não nos iludimos e não nos enganamos, a destruição
ambiental só poderia ser contida por um governo socialista dos
trabalhadores que tenha como ética, não o lucro, não a
anarquia da produção, não a exploração insana da Natureza, mas a
seguinte máxima marxista que, a nosso ver, deveria ser ampliada,
pensando-se a realidade planetário-histórica atual. Marx pensava a
distribuição de riquezas no Socialismo com a seguinte máxima: “a cada um
segundo suas necessidades”, obviamente, extirpando-se os privilégios
burgueses-individuais. Atualmente, levando-se em conta a necessidade de
um planejamento da produção, levando-se em conta a finitude dos recursos
planetários e levando-se em conta a necessidade da preservação
ambiental, tal máxima revolucionária deveria ser a seguinte: “A
cada um segundo suas necessidades, extirpando-se privilégios burgueses,
desde que a satisfação destas necessidades da coletividade socialista
respeite os limites dos recursos naturais do planeta, preservando,
planejando, não destruindo as fontes primárias da vida!”
Portanto, defender o Planeta, hoje, é Ser Socialista, é lutar pelo Modo de Produção Socialista Ambientalmente Planejado.
Logo, é ser radicalmente contra o modo Capitalista de Produção,
anárquico e irracional, cuja palavra de ordem se chama LUCRO, custe o
que custar, doa a quem doer!
Ser
Socialista Livre é também lutar por essa causa! É lutar pela justiça
social de cunho Socialista, pelo fim da exploração de classe, mas é
também lutar para que haja possibilidade de vida futura para a
humanidade, preservando a Natureza!
Aos
leitores que queiram aprofundar seus conhecimentos acerca da
necessidade de se construir uma consciência ambiental crítica, que é
fundamental para a construção de um mundo socialista futuro, livre de
exploração, livre de opressão, ambientalmente planejado, vale a pena
conferir os estudos divulgados no Blog: http://eacritica.wordpress.com/ Saudações Socialistas Livres.
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