Professores
vejam essa matéria ridícula que foi publicada no sitio do CPP.
Um
idiota que escreve para o Jornal Folha de São Paulo, que se diz
"expert" em educação, culpa os professores pela falência da educação
pública. O sujeito, tem a "cara de pau" de defender até a demissão de
professores caso não os alunos não consigam superar as metas dos governos.
É
uma matéria ridícula! É inaceitável culpar os professores pela falência da
Educação pública. Na visão míope do
missivista os currículos devem “ ser rígidos”
só assim vamos “ver o sucesso dos
alunos em matemática” se não aprendem a culpa é unicamente dos “malditos
professores”. O que fazer? Na visão do idiota , os governos devem ferrar os professores, primeiro avaliação com
metas atreladas ao salário (lembrei do
bônus que nunca ganhamos) e se não melhorar os governos devem demitir os
"incompetentes".
Seria
cômico se não fosse trágico...
Absurdo!
Será que esse sujeito visitou uma escola pública? Ou trabalha para os empresários da
educação? A segunda opção é mais
viável!
Não
é necessário entrar na discussão da autonomia escolar na construção do
currículo (garantido na LDB) , que já desconstrói essa ideia de currículo
"engessado", defendido pela "tal" Claudia Costin ( que já trabalhou na Veja e defende
publicamente a privatização da educação).
Não
se aprende no ensino público porque
nossas escolas estão sucateadas, as salas de aula estão superlotadas, não há
materiais de trabalho, muitos colegas estão com salários precarizados (categoria
“O”) e com carga horária excessiva , não há investimento tecnológico nas
escolas (falta computadores, projetores) entre outras mazelas.
Nós
professores não estamos "fugindo
das cobranças" como quer
"convencer" ou "enganar" o missivista. Queremos condições dignas
de trabalho e estrutura decente para construir o conhecimento juntamente com
nossos alunos. Queremos um plano de carreira que incentive o professor a
planejar melhor suas aulas e não “se
matar” de trabalhar. Queremos formação continuada nas universidades
públicas , queremos trabalhar com as novas tecnologias da educação mas para
isso exigimos, no mínimo salas de informática com internet nas escolas.
Queremos sim, organizar democraticamente a escola, e não ser apenas serviçais de governos incompetentes, como aqui em São
Paulo, que não tem preocupação com o educação de qualidade para os filhos da
classe trabalhadora. Queremos ser
responsáveis, juntamente com os pais e alunos pelo direcionamento das verbas
(grana) da escola e não ser telespectadores da malversação do dinheiro público.
Queremos Conselhos de Escola participativos na construção do currículo, que não
deve ser engessado nacionalmente. Queremos Grêmios Estudantis livres para nos auxiliar
na organização escolar, como também para construir ideais democráticos em busca de uma sociedade menos excludente.
Veja abaixo nosso programa para a escola pública:
Fica
aqui um outro questionamento: Como uma Associação de Professores (CPP) pode publicar essa "apologia a barbárie" em seu
sitio?
Vamos a matéria - publicada em
TUTELAR NOSSOS PROFESSORES - POR RICARDO MIOTO
Você vai comer fora. Pede frango e batata frita, simples. Vêm
um bife carbonizado e três solitárias e sofridas batatas murchas.
Você reclama. Surge o cozinheiro: "O
propósito da gastronomia não é o conteudismo de cardápio! Vocè é um adestrador
a limitar minha autonomia, um autoritário da gastronomia de resultados. Quero é
bem-estar".
Inimaginável, mas troque gastronomia por
educação e cardápio por currículo e eis o teor de texto recente da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Educação na Folha e de abaixo-assinado de
pedagogos de universidades públicas.
Usando a "felicidade na escola" para
fugir das cobranças, eles são fortes. O abaixo-assinado vetou a nomeação, no
MEC, de uma "autoritária do conteúdo". Barram ainda um currículo
nacional. Ementas mínimas obrigatórias oprimem a liberdade docente.
Mas tal autonomia falhou. Em matemática, 88% dos alunos de 15
anos não entendem gráficos (de 65 países, somos o 57o; em língua e ciências,
53o). Só servimos gororoba. São urgentes currículos rígidos (em boas escolas
pagas, até ditam cada aula), avaliação, salário atrelado a metas (e bom, sim,
se batidas) e mesmo jeitos de demitir.
O desprezo ao conteúdo surge cedo. Veja o curso
de pedagogia da USP. Só uma matéria obrigatória de ensino da matemática, mas
quatro de filosofia e sociologia da educação - e uma "A constituição da
subjetividade".
Há emendas cheias de "mercantilização do
ensino" e de "democracia escolar" - lei do menor esforço via
autogestão. E a fundamental optativa "Indústria cultural e hip-hop:
reflexão sobre cultura de massa, música de contestação e acesso ao masculino".
Nossa produtividade é baixa. Consumo e crédito
não vão dar fim ao atraso histórico. Certo, a leite no poder preferiu queimar
café a educar a criadagem. Intelectuais não ajudaram. Até Gilberto Freyre, que
não era dos piores, defendeu, já em 1980, temos analfabetos. Achava-os
espontâneos.
Mas, se enfim há universalização, agora o mal é
corporativismo.
Ponto de Vista de Ricardo Mioto, articulista da
Folha de S.Paulo - publicação desta quinta-feira (27/12).
Veja também nossa programa para a escola pública:
http://educaorgpelabase.blogspot.com.br/2012/08/nossas-propostas-para-uma-educacao.html
Veja abaixo nosso programa para a escola pública:
Ponto de Vista de Ricardo Mioto, articulista da
Folha de S.Paulo - publicação desta quinta-feira (27/12).
Veja também nossa programa para a escola pública:
Nenhum comentário:
Postar um comentário