Cientistas conseguem analisar a atmosfera de pequeno planeta fora do Sistema Solar
Bem longe de nós, a 120 anos-luz da Terra, você
imaginaria que existe água? Pois foi o que cientistas encontraram em
forma de vapor num exoplaneta batizado
de HAT-P-11b. No futuro, a técnica usada pelos pesquisadores para
fazer essa descoberta pode permitir que sejam encontrados fora do
Sistema Solar planetas com condições parecidas com as da Terra.
Apesar de ter um raio quatro vezes maior que o do nosso planeta, o HAT-P-11b, é considerado pequeno. A maioria dos planetas desse tamanho é coberta por muitas nuvens escuras e, durante décadas, estudá-los era um desafio para os cientistas. Tanto é que essa foi a primeira vez que astrônomos conseguiram observar a composição da atmosfera de um exoplaneta desse porte.
No caso do HAT-P-11b, os pesquisadores tiveram uma grata surpresa: sua atmosfera é bem clara e sem nuvens e, assim, foi possível estudá-lo e detectar a presença das moléculas de vapor de água nele.
Como você deve ter imaginado, nenhum cientista viajou até esse planeta tão longínquo para verificar se havia água nele. Para você ter uma ideia, levaria 240 anos para ir e voltar de lá se conseguíssemos viajar na velocidade da luz — coisa que não estamos nem um pouco perto de conseguir fazer.
Para saber do que era feita a atmosfera do exoplaneta, os cientistas usaram dois telescópios chamados Hubble e Spitzer, que ficam lá no espaço, na órbita da Terra. Os telescópios detectam a luz refletida pelo planeta e com esse dado os pesquisadores conseguem saber os elementos químicos que o compõem.
Foi com base nisso que o astrônomo Jonathan Fraine, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, e seus colegas perceberam que a luz do HAT-P-11b brilhava de um modo específico que indicava a presença de vapor de água em sua atmosfera.
Água e vida
Quando encontram água no espaço, muita gente logo se anima achando que isso é um sinal de vida extraterrestre. Infelizmente, esse não foi o caso. “A água foi importante para a formação de vida na Terra, mas não é necessariamente um sinal de vida”, afirma Jonathan. “Achar água no HAT-P-11b não diz nada sobre a possibilidade de ter vida nesse planeta. O vapor encontrado lá está a uma temperatura muito alta”.
No entanto, o astrônomo afirma que a descoberta futura de vapor d‘água em um planeta mais parecido com a Terra pode ser um sinal mais forte da possibilidade de vida extraterrestre. “Nosso estudo mostra que podemos encontrar vapor d‘água em outros planetas pequenos como a Terra e que essa descoberta seria o primeiro passo (de muitos!) para encontrar vida no universo”, imagina Fraine.
Agora, Jonathan e sua equipe irão estudar outros exoplanetas e ver se eles também têm água. “O próximo passo é estudar uma coleção maior de pequenos exoplanetas, uns 20 ou 30, e ver o que descobrimos”. Será que vem mais água por aí?
Fonte: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/agua-espacial/
Apesar de ter um raio quatro vezes maior que o do nosso planeta, o HAT-P-11b, é considerado pequeno. A maioria dos planetas desse tamanho é coberta por muitas nuvens escuras e, durante décadas, estudá-los era um desafio para os cientistas. Tanto é que essa foi a primeira vez que astrônomos conseguiram observar a composição da atmosfera de um exoplaneta desse porte.
No caso do HAT-P-11b, os pesquisadores tiveram uma grata surpresa: sua atmosfera é bem clara e sem nuvens e, assim, foi possível estudá-lo e detectar a presença das moléculas de vapor de água nele.
Como você deve ter imaginado, nenhum cientista viajou até esse planeta tão longínquo para verificar se havia água nele. Para você ter uma ideia, levaria 240 anos para ir e voltar de lá se conseguíssemos viajar na velocidade da luz — coisa que não estamos nem um pouco perto de conseguir fazer.
Para saber do que era feita a atmosfera do exoplaneta, os cientistas usaram dois telescópios chamados Hubble e Spitzer, que ficam lá no espaço, na órbita da Terra. Os telescópios detectam a luz refletida pelo planeta e com esse dado os pesquisadores conseguem saber os elementos químicos que o compõem.
Foi com base nisso que o astrônomo Jonathan Fraine, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, e seus colegas perceberam que a luz do HAT-P-11b brilhava de um modo específico que indicava a presença de vapor de água em sua atmosfera.
Água e vida
Quando encontram água no espaço, muita gente logo se anima achando que isso é um sinal de vida extraterrestre. Infelizmente, esse não foi o caso. “A água foi importante para a formação de vida na Terra, mas não é necessariamente um sinal de vida”, afirma Jonathan. “Achar água no HAT-P-11b não diz nada sobre a possibilidade de ter vida nesse planeta. O vapor encontrado lá está a uma temperatura muito alta”.
No entanto, o astrônomo afirma que a descoberta futura de vapor d‘água em um planeta mais parecido com a Terra pode ser um sinal mais forte da possibilidade de vida extraterrestre. “Nosso estudo mostra que podemos encontrar vapor d‘água em outros planetas pequenos como a Terra e que essa descoberta seria o primeiro passo (de muitos!) para encontrar vida no universo”, imagina Fraine.
Agora, Jonathan e sua equipe irão estudar outros exoplanetas e ver se eles também têm água. “O próximo passo é estudar uma coleção maior de pequenos exoplanetas, uns 20 ou 30, e ver o que descobrimos”. Será que vem mais água por aí?
Fonte: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/agua-espacial/
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