Lula virou ministro e a reação conservadora não tardou a voltar às ruas de várias
cidades brasileiras. Dias de muito frenesi são líquidos e certos e não
sabemos até onde vai a polarizaçãoque registra cada vez mais cenas de ódio Brasil afora. Para falar um
pouco desse primeiro impacto da nomeação de Lula, o Correio conversou
com o cientista político Jose Correia Leite, que fez questão de
desqualificar os dois lados em contenda.
“Obviamente, tudo isso ocorreu sob o impacto da Lava Jato, mas a
presidente não foi capaz de sinalizar uma saída progressiva da crise
econômica e foi andando de capitulação em capitulação - aos mercados,
aos partidos de direita, até chegar numa situação onde não fazia tanta
diferença ter ela, Temer ou mesmo Aécio na presidência, do ponto de
vista de um programa”.
Na conversa, o entrevistado é categórico em afirmar que questões
éticas são irrelevantes quanto à nomeação de Lula para a Casa Civil,
diante do modus operandi de todos os setores dominantes da política
nacional. Ademais, reitera que no fim das contas está em disputa a chave
do cofre entre duas facções que não têm nenhum programa a oferecer como
saída para a crise, fenômeno verificado em diversos países ao mesmo
tempo.
“Se falarmos de ética não existe política no Brasil, exceto por no
máximo 20 deputados. Não é o parâmetro relevante na situação atual em
que se encontram as disputas entre o petismo e a direita. Todo mundo
está na mesma lama, até os últimos fios de cabelo. Os partidos recebem
parcelas de poder a fim de azeitar carreiras políticas e enriquecimentos
pessoais. É
assim em relação ao PMDB, ao malufismo e não difere nada do que o
tucanato faz. Esse ponto unifica situação e oposição conservadora”.
A entrevista completa pode ser lida a seguir.
Correio da Cidadania: Como você recebeu o impacto da nomeação
de Lula para a Casa Civil? Seria o fim, na prática, do mandato de
Dilma?
José Correa Leite: O impacto é principalmente entre
os setores mais despolitizados e radicalizados do movimento pelo
impeachment de Dilma. Para os atores mais estruturados, esse surge como
um movimento político bastante lógico. Na semana passada, o PMDB
sinalizou que estaria desembarcando do governo, quando seus caciques no
Senado se reuniram com os do PSDB, pouco antes da convenção do PMDB.
Apenas a entrada do Lula no governo poderia reverter este quadro –
correm rumores de que ela teria inclusive sido proposta por estes
setores do PMDB.
Com a força das massivas manifestações de domingo, parecia também se
delinear uma tentativa de aceleração do impeachment. Portanto, a Dilma
não tinha alternativa e jogou a última cartada possível a ela e ao PT.
Até então, havia certa independência entre Dilma e Lula/PT, por conta de
cálculos eleitorais. Mas à medida que Lula também é arrastado pela Lava
Jato, passa a ter interesse em se envolver, por conta do foro
privilegiado e de levar um eventual julgamento para o STF.
A indicação do Lula pra Casa Civil no lugar de Jacques Wagner surge,
assim, nesse contexto. Não penso que seja uma medida desesperada, mas
lógica, do ponto de vista de dar uma guinada na política. É evidente que
sinaliza a entrega do governo de Dilma para Lula. Mas, observando o
quadro objetivamente, ela não tinha mais condições de governar com
autonomia frente ao grupo lulista. E chegamos a tal ponto por conta de
uma sucessão de decisões tomadas por ela própria.
Obviamente, tudo isso ocorreu sob o impacto da Lava Jato, mas a
presidente não foi capaz de sinalizar uma saída progressiva da crise
econômica, foi se fragilizando e caminhando de capitulação em
capitulação – aos mercados, aos partidos de direita, até chegar numa
situação onde não fazia tanta diferença ter ela, Temer ou mesmo Aécio na
presidência, do ponto de vista de um programa. Nesse sentido, ela
entregar seu governo à principal liderança do PT nada tem de absurdo.
Por fim, o PT tinha a cartada do Lula, que foi jogada no último momento possível. Resta ver se funcionará.
Correio da Cidadania: Você acredita na capacidade do
ex-presidente de reaglutinar grupos com poder político e econômico
capazes de garantir uma mínima estabilidade até 2018, destravando em
parte a crise econômica?
José Correa Leite: Antes de aceitar a indicação, o
Lula se reuniu com o Renan Calheiros, um elemento decisivo. Isso
sinaliza que ele tem um voto de confiança do PMDB, para no mínimo adiar o
que “já está em andamento”, como disse FHC sobre essa indicação em
relação ao impeachment. É verdade que está em andamento, mas Lula
negociou com o PMDB do Senado como pré-condição pra aceitar o cargo.
O segundo aspecto é que ele joga com aquilo que o jornal Valor
Econômico chamou, em sua manchete de capa desta quarta-feira, de “plano
de reanimação”, centrado em reativar a construção civil, porque seria
uma maneira rápida de recuperar o emprego. Faz sentido. De outro lado,
manteria o compromisso de não mexer no que o mercado vem considerando
pilares da política de austeridade, como a taxa de juros (isto é, a
rentabilidade do capital financeiro). Ele não tem uma margem de manobra
grande, mas alguma tem. E há vários pontos em aberto, como o uso das
reservas internacionais, que vem sendo debatido por economistas
petistas.
Ele tem, dessa maneira, clareza sobre a necessidade de uma mudança no
plano econômico. Articulação política ele faz muito bem, mas o
resultado de se mexer na economia é mais duvidoso. E ele também chega
com proposta de mudança ministerial, mexendo mais amplamente no governo.
Não vai deixar tudo igual. Os comentários são de que ele estaria
trazendo personagens antigos para postos chave, a exemplo do Franklin
Martins na Comunicação Social; do Celso Amorim, que voltaria ao
Ministério das Relações Exteriores; do Ciro Gomes (PDT), que ocuparia o
lugar do Mercadante na pasta da Educação; e, eventualmente, até do
Henrique Meirelles de volta ao Banco Central. São boatos que mostram que
a sua equipe não chegaria simplesmente para ocupar o espaço pela
inércia.
Trata-se de articulação política, plano econômico provavelmente
limitado e mudança na equipe de governo, com gente mais experiente e
confiável aos olhos de Lula e do mercado. Isso, obviamente, não resolve
os problemas estruturais, pois a crise tem uma forte dimensão
internacional, como a queda de preços das commodities e a situação de estagnação da economia mundial.
Esta crise econômica teve, até aqui, um fator particular de
agravamento, que foi a completa incapacidade da Dilma em lidar com uma
coalizão de interesses, a chamada “base governista”, que tinha de se
acomodar em um cobertor mais curto. Foi essa incapacidade que abriu
espaço para uma figura como Cunha. A montagem do seu segundo governo, ao
qual ela procurar uma cara mais própria, mais próxima das suas ideias,
se revelou um desastre de articulação, que começou pela perda imediata
de legitimidade, no dia seguinte das eleições, ao polarizar com o Aécio à
esquerda e, no day after da eleição, aplicar o programa do capital internacional (e de seu adversário).
Lula traz, do ponto de vista da articulação com as distintas frações
das classes dominantes, elementos novos. Ele não é capaz de reverter a
recessão econômica, mas pode ganhar algum voto de confiança momentâneo, a
fim de dar um novo fôlego e um recomeço ao governo. Agora não mais como
governo Dilma, mas como governo Lula-Dilma.
Correio da Cidadania: Como acredita que essa novidade vá
impactar tanto as estratégias da oposição quanto o processo de
impeachment da presidente Dilma Rousseff?
José Correa Leite: Ninguém hoje tem condições de
avaliar o impacto geral. A curto prazo toda a inércia se manterá. Mas a
médio prazo, se houver recomposição com o PMDB e a Lava Jato não atingir
diretamente Dilma, o impeachment morre, por mais que as outras forças
políticas não queiram. O impeachment tem um nome: Renan. Ou o PMDB no
Senado, se preferir. Se o Lula fechar firmemente com o PMDB no Senado e
não surgir uma bomba real nas delações premiadas, com provas muito
concretas envolvendo a Dilma, podem fazer guerra civil que não tem como o
impeachment passar. O Senado não é uma instituição sensível às massas,
mas aos grupos de interesse que ele expressa.
A novidade do Lula chegou tarde, mas pode reverter alguma coisa. Não
significa recuperar legitimidade e dinamismo do governo, mas bloquear a
queda do governo, que era o objetivo imediato de Dilma.
Outro ponto é: o curso da Lava Jato continua e é imprevisível. Virão
mais delações, agora de políticos. Não temos ideia do que pode vir.
Avalio que a delação do Delcídio não me parece muito forte, embora tenha
jogado lama para todo lado, passando por Temer, Renan, Aécio etc. É
mais uma jogada para o trabalho sujo da mídia. Mas vamos ver as provas,
porque, se for palavra contra palavra, não se sustenta. Precisamos,
sobre estes temas, evitar o impressionismo. Ou seja, a Lava Jato pode
produzir muita coisa, de fato, já produziu, mas talvez faça, do ponto de
vista do impeachment, apenas mais barulho. Acredito, de todo modo, que
vá dar em algo, como começa a ser visto no que diz respeito ao setor
elétrico e Belo Monte, onde rolou muito dinheiro. Se ficar claro que
entrou muito dinheiro na campanha de reeleição de 2014, novas brechas
jurídicas podem ser abertas para a retomada do impeachment.
Outra dimensão da Lava Jato, que começou a se explicitar na “condução
coercitiva” do Lula para um depoimento no Aeroporto de Congonhas, é sua
deriva partidária. Até recentemente, Sergio Moro tinha tido um grande
cuidado em não “partidarizar” as investigações da Lava Jato e as
condenações. Mas ele perdeu a noção do limite quando as investigações
começaram a cercar o Lula. O vazamento das conversas entre Lula e Dilma
evidentemente coloca o Sergio Moro, a força tarefa da Lava Jato e um
setor da Polícia Federal e do Ministério Público na berlinda. Eles
cometeram ilegalidades para facilitar o impeachment. Este é, ao lado da
entrada do Lula no governo, o dado novo no tabuleiro. Moro deu brecha
para que se questione a liberdade irrestrita de movimento que ele vinha
tendo até então. Vamos ver o que serão os questionamentos do PT nos
próximos dias e a reação do STF. Repito, esta é a primeira vez que a
Lava Jato bate em um limite muito evidente, do ponto de vista
institucional.
A coisa toda se torna perigosa porque os últimos movimentos de Moro
visaram claramente acirrar os ânimos do setor que tem saído às ruas sob a
direção de uma direita raivosa. A massa que foi à Paulista domingo é
expressão de um fenômeno novo. Temos visto, pelo mundo afora, a formação
de movimentos de extrema–direita, autoritários, que colocam em questão
instituições e direitos em favor de saídas autoritárias e
discriminantes. Até agora eles não conseguiram ameaçar o sistema na
Europa e EUA, apesar de forçarem uma guinada à direita das forças do establishment.
O mesmo se vê no Brasil, num processo fora do controle dos partidos
neoliberais tradicionais, como o PSDB e o DEM. Foi o que demonstrou a
vaia a Aécio, Alckmin e Marta na Paulista. Assim como também o demonstra
a pesquisa que indica 6% de intenções de voto em Bolsonaro.
A manifestação de domingo mostrou que há uma massa conservadora
despolitizada. Uma das lições gerais de junho de 2013 foi a compreensão
de que colocar milhões de pessoas na rua pressiona o poder constituído, e
essa lição aprendida não só pela esquerda, mas também por setores da
direita. Tais setores não representam junho, mas são parte da nova forma
de fazer política desencadeada por esse momento, que abriu um claro
questionamento do sistema político, suas instituições e seu pessoal.
Faço distinção forte entre junho e o que vimos no último domingo. Mas
ambos são manifestações relativamente despolitizadas, com algumas
bandeiras muito chamativas, que despertam paixões políticas e trazem às
ruas milhões de pessoas.
No caso de domingo, as manifestações foram encampadas por gente que
tem um ódio profundo pelo PT, o lulismo, Dilma, e quer fortalecer a tese
do impeachment. Não é o decisivo, mas ajuda a mover a balança política
do país para a direita. Trata-se de um pessoal sem sintonia com
partidos, seu ideal é o de ter um justiceiro. No momento, Moro, amanhã
pode ser um Bolsonaro, um delegado de polícia ou um radialista qualquer.
É um fenômeno perigoso e tem autonomia em relação a recentes
movimentações dentro do sistema político. Estão mais à margem das
instituições.
E temos de destacar com força a responsabilidade da mídia corporativa
pelo crescimento deste setor, porque ela criou e alimenta, de forma até
caricatural, esse processo. Alguns mais, como a Veja e a Globo, outros
aparentemente menos como a Folha e o Estado. Mas todos estão
espetacularizando o problema da corrupção e alimentando uma política de
turba, de linchadores. Este é um enorme problema para qualquer avanço
democrático no Brasil.
Mas não podemos isentar os petistas que, com sua visão maniqueísta do
cenário, conspirativa, responderam a todas as investigações de
corrupção falando apenas de golpe, quando o problema é muito real e tem
de ser combatido com investigação e condenação dos culpados. Além disso,
é igualmente falacioso afirmar que questionar Dilma seja um golpe. Não é
e se surgirem provas muito substanciais de envolvimento de doações
ilegais na campanha presidencial de 2014 fica muito difícil ser contra o
impeachment. Esta é uma parte da situação desastrosa em que o PT
colocou o Brasil, contribuindo para deslegitimar a atividade política de
conjunto e da esquerda em particular.
Correio da Cidadania: Do ponto de vista ético e pensando nos
desdobramentos da Operação Lava Jato, como você avalia Lula na Casa
Civil?
José Correia Leite: Se falarmos de ética não existe
política institucional no Brasil, exceto por no máximo, na Câmara
Federal, talvez 20 deputados. A atual correlação de forças não permite,
realmente, tratar hoje deste tema como ele deveria ser tratado. A ética
não é o parâmetro relevante na situação em que se encontram as disputas
entre o petismo e a direita. Todo mundo está na mesma lama, até os
últimos fios de cabelo. São partes do sistema político corrompido, onde
se compra – no sentido forte do termo – a governabilidade, a exemplo do
que fez o PT com os partidos venais, cedendo parcelas da renda do
Estado, fundos públicos e da Petrobrás para seus membros e operadores
políticos, como vimos na Petrobrás.
Governabilidade significa, no chamado “presidencialismo de coalizão”,
a apropriação privada de fundos estatais, o loteamento de cargos, a
acomodação de oligarquias regionais que têm poder de fogo no Legislativo
etc. Os líderes dos partidos recebem, assim, parcelas de poder a fim de
azeitar carreiras políticas e de promover o enriquecimento pessoal. É
isso que o PT fez em relação ao PMDB e ao malufismo e isso não difere em
nada do que o tucanato fez antes, sob FHC, com Sergio Motta. Essa
ignorância absoluta da ética unifica a situação governista e a oposição
conservadora.
Não faz sentido se perguntar, diante da disputa política que está
estabelecida no Brasil, se o Lula, por ser acusado pelo apartamento no
Guarujá, pelo sítio, pelo pedalinho!!!, teria condições de assumir o
cargo de ministro. Isso interessa para os manifestantes da Paulista no
domingo e os órgãos de comunicação que querem desgastar tanto Lula como o
petismo. O dado objetivo é que Lula está sendo enredado na Lava Jato e
entrou na mira do Sérgio Moro, com ou sem razão. Digo isso porque vamos
encontrar parte dos problemas de confusão entre o público e o privado
que se atribuem a Lula igualmente, se procurarmos, em FHC. Mas isso não é
diferente da relação que presidentes e ex-presidentes diversos, mundo
afora, estabelecem com as grandes corporações de seus países. Embora
isso tenha importância para uma política de esquerda e mesmo para o
desenvolvimento de uma política republicana, como estamos falando de
duas facções políticas que estão inexoravelmente fundidas com setores do
capital, esse não é o ponto que define o atual jogo político
brasileiro.
O jogo que devemos seguir com atenção está sendo jogado por dois
grandes clãs que disputam o poder no Brasil em todas as suas dimensões e
ramificações, nacionais e internacionais. Esses clãs trabalham e
alimentam, ou se beneficiam, de processos que correm por fora de suas
disputas diretas, a exemplo das manifestações de domingo. Alckmin e
Aécio foram vaiados na Paulista, mas é evidente que seu partido se
beneficia mais delas. A questão é que os dois clãs e as dezenas de
famílias políticas que compõem cada um dos lados (e que, fora de seu
núcleo, podem mudar de lado) disputam o aparelho de Estado brasileiro,
com executivos, legislativos, o judiciário e um amplo serviço público,
responsável por atender a população. Tanto a distinção entre público e
privado como a distinção entre governo e Estado ainda tem que ser
consolidadas no Brasil – se é que algum dia o serão sob as instituições
vigentes.
O desfecho de conjunto desse processo, provavelmente será
desfavorável para toda a esquerda, como estamos vendo pela América
Latina – inclusive para a esquerda que está fora do processo e rompeu
completamente com o petismo há mais de uma década. É por isso que
precisamos estabelecer um novo horizonte político para a esquerda
brasileira superar a terra arrasada que é, hoje, o legado político do
lulismo e do petismo. A esquerda brasileira precisa retomar um projeto
de democracia radical no país. Retomar demandas históricas de combate ao
racismo, pela soberania nacional, o direito a terra, a democratização
da mídia... Precisamos tanto de um horizonte de “construção nacional” –
metáfora que descreve razoavelmente bem a necessidade – como outra
institucionalidade.
O regime político instituído pela Constituição Federal de 1988 é uma
república oligárquica. Não é democracia, mas uma república federativa,
que é algo muito diferente. Não é a oligarquia da República Velha, que
proibia 98% da população de votar, é um regime mais complexo e flexível,
que trabalha a representação (embora a distorça enormemente, sob o
pretexto da federação, sobre-representando muito, por exemplo, o
ruralismo); que cria uma série de mecanismos de contrapeso institucional
para esvaziar qualquer processo de mudança social efetiva (como o atual
judiciário); que tem na mídia um poder político completamente autônomo
de qualquer controle social; e que loteia o Estado entre dezenas e
dezenas de grupos de interesses particulares, que se reproduzem (as
vezes já secularmente) basicamente pelo uso do acesso que tem aos
recursos públicos.
Correio da Cidadania: Diante disso tudo, você já enxerga o ex-presidente candidato no pleito de 2018?
José Correia Leite: A eleição de 2018 está muito
longe. Estamos completando pouco mais de um ano do segundo governo Dilma
e já aconteceu tudo isso. Não sabemos se a entrada do Lula vai estancar
o processo de impeachment, não sabemos qual será a repercussão da Lava
Jato sobre o Lula, não sabemos se, em caso de queda do governo, Lula
cairia direto nas garras do Sergio Moro, que pode fazer dele um caso
exemplar, transformando o pedalinho no maior escândalo da República.
Existe uma quantidade enorme de elementos imprevisíveis, que tornam a
eleição de 2018 algo muito distante. A questão colocada na política
institucional é se o governo dura até o fim do ano e evita novas
eleições presidenciais, em função de um possível impeachment da chapa
Dilma-Temer, ou não. E, para a sociedade, a questão continua sendo a
luta por direitos, que estão ameaçados pelas políticas de austeridade e
pelo deslocamento para a direita da correlação de forças.
Fonte: http://www.correiocidadania.com.br
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