Experiência histórica dos trabalhadores europeus e a Internacional
O capitalismo industrial necessita para sua reprodução de um crescente mercado mundial que se revelará, ideologicamente dentro do discurso burguês, nos apelos à fraternidade entre os povos. de 1789 à ONU. Ao advogar a paz entre as nações (fundamenta] para o processo de circulação de mercadorias), a burguesia também engendra a centralização política;
o Estado Moderno e a inevitável disputa armada, ou não, entre os mesmos tomam-se paradigmas da evolução histórica. Somem as diferenças nacionais, étnicas e culturais; o capital, para reproduzir-se, necessita da destruição constante daquilo que lhe é diferente.
Junto à crescente centralização estatal e produtiva, o capital organiza, em seu proveito, os escravos modernos. A classe operária desde o seu nascer teve de encarar o internacionalismo do capital Já em 1833, um “Manifesto das classes produtivas da Grâ-Bretanha” dirigido “aos governos e povos da Europa e da América do Norte e do Sul” adotava uma postura internacionalista. No mesmo ano, a questão de uma aliança entre os trabalhadores da Inglaterra, França e Alemanha era discutida na imprensa operária britânica. Não só esta questão era discutida, mas também o foi a supressão do Estado burguês e a sua gestão por uma federação dos produtores (Thompson, pp. 912-913). Na cruz dos combates entre capital e trabalho, uma consciência coletiva e autonomista era gerada pela prática operária.
Ao fundar-se a Associação Internacional dos Trabalhadores em Londres, setembro de 1864, não tínhamos um ato conspiratório de alguns revolucionários ou a criação de mais uma seita entre os trabalhadores, mas sim uma decorrência necessária e datada historicamente da experiência concreta e imaginária dos trabalhadores europeus. Essa vocação internacionalista dos trabalhadores estava entrelaçada com o desenvolvimento de grandes Estados nacionais necessários ao capital. Desde as revoluções de 1848, em que a necessidade de unificação nacional encontrava-se com as reivindicações operárias, houve a percepção de que a luta nacionalista era apenas um estágio no desenvolvimento da autonomia operária.
o Estado Moderno e a inevitável disputa armada, ou não, entre os mesmos tomam-se paradigmas da evolução histórica. Somem as diferenças nacionais, étnicas e culturais; o capital, para reproduzir-se, necessita da destruição constante daquilo que lhe é diferente.
Junto à crescente centralização estatal e produtiva, o capital organiza, em seu proveito, os escravos modernos. A classe operária desde o seu nascer teve de encarar o internacionalismo do capital Já em 1833, um “Manifesto das classes produtivas da Grâ-Bretanha” dirigido “aos governos e povos da Europa e da América do Norte e do Sul” adotava uma postura internacionalista. No mesmo ano, a questão de uma aliança entre os trabalhadores da Inglaterra, França e Alemanha era discutida na imprensa operária britânica. Não só esta questão era discutida, mas também o foi a supressão do Estado burguês e a sua gestão por uma federação dos produtores (Thompson, pp. 912-913). Na cruz dos combates entre capital e trabalho, uma consciência coletiva e autonomista era gerada pela prática operária.
Ao fundar-se a Associação Internacional dos Trabalhadores em Londres, setembro de 1864, não tínhamos um ato conspiratório de alguns revolucionários ou a criação de mais uma seita entre os trabalhadores, mas sim uma decorrência necessária e datada historicamente da experiência concreta e imaginária dos trabalhadores europeus. Essa vocação internacionalista dos trabalhadores estava entrelaçada com o desenvolvimento de grandes Estados nacionais necessários ao capital. Desde as revoluções de 1848, em que a necessidade de unificação nacional encontrava-se com as reivindicações operárias, houve a percepção de que a luta nacionalista era apenas um estágio no desenvolvimento da autonomia operária.
Nenhum comentário:
Postar um comentário