sexta-feira, 21 de junho de 2013

Um ataque às bandeiras vermelhas é um ataque às organizações dos trabalhadores: abaixo o fascismo!


Um ataque às bandeiras vermelhas é um ataque às organizações dos trabalhadores: abaixo o fascismo!

A Rede Globo de televisão e demais mídias burguesas, em conluio com a burguesia, está incentivando uma política fascista no Brasil, ao mostrar como normais e naturais cenas de pessoas tentando rasgar ou tomar as bandeiras vermelhas de lutadores sociais honestos que estão nos movimentos sociais que estão sacudindo o país. Tais mídias espumam o canto da boca chamando de “vândalos”, “baderneiros”, “arruaceiros”, os excluídos revoltados que, às vezes, se exaltam frente a um banco ou um órgão público, entretanto, a mesma mídia burguesa julga perfeitamente normal o fato de pessoas tentarem rasgar as bandeiras vermelhas de lutadores sociais honestos que estão legitimamente participando do movimento.
Quem rasga as bandeiras vermelhas de lutadores sociais que estão no movimento são fascistas. Não tem outro nome. É a ultra-direita infiltrada no movimento: policiais à paisana ou filhos da burguesia tentando ganhar o movimento para as suas ideias, despolitizadas propositalmente, a serviço de manutenção do capitalismo. Essa classe odeia a classe trabalhadora organizada, por isso essa classe odeia as bandeiras vermelhas da classe trabalhadora.
A grande maioria que está no movimento, honestamente, quer mudar o país, mas a burguesia não está disposta a conceder mudanças. Tentaram derrotar o movimento através das repressões policiais, mas não conseguiram. Agora querem derrotar o movimento por dentro, tentando fazer com que o movimento não tenha contato com as organizações de luta da classe trabalhadora que sabem que a burguesia e o capitalismo é que são os nossos grandes adversários.
Obviamente, o PT e o PC do B, ao se aliarem com a burguesia, têm responsabilidade grande na falta de direitos sociais do povo brasileiro. E como o povo está se revoltando contra suas péssimas condições de vida e dizendo que não aguenta mais, isso faz a burguesia ficar com muito medo. Quem tomará o poder no Brasil? Esses jovens que querem passe livre, que querem 10% do PIB para educação, que querem o fim da corrupção dos governantes, que questionam os milhões desperdiçados com as obras faraônicas da Copa, que questionam os altos salários dos políticos?
A burguesia não é boba. Ela sabe que essas ideias que tem ganhado o coração da juventude são ideias marxistas-socialistas. São ideias que exigem justiça social e fim dos imensos lucros das empresas capitalistas, enquanto a população vive na miséria. Não é pouca coisa o movimento ter conquistado a diminuição das tarifas em São Paulo, Rio de Janeiro, etc. Isso deixa a burguesia muito preocupada. O que querem esses excluídos? O que quer esse movimento? Então a burguesia não pode permitir que esses jovens se politizem, ao ponto de quererem uma revolução social, e não existe outro nome para uma revolução social contra os lucros dos ricos, essa revolução só pode ser de caráter marxista-socialista ou não será uma revolução.
Como a burguesia não é boba, ela está infiltrando fascistas no movimento de massas para atacar as organizações vermelhas dos trabalhadores. Rasgar uma bandeira vermelha é um ataque fascista a todas as organizações dos trabalhadores. Não é verdade que somos todos brasileiros e, portanto, todos iguais. Existem os brasileiros ricos (empresários, latifundiários) e existem os brasileiros trabalhadores-pobres (os que vivem de salário ou de esmola dos governos). Nesse sentido, o grito político nacionalista “eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor” é uma despolitização para esconder o caráter de divisão de classes que atravessa a sociedade brasileira: a Rede Globo e as demais mídias burguesas adoram esse grito, pois sabem que ele não trará mudanças profundas na sociedade. Incentivam essa palavra de ordem porque é uma despolitização proposital a serviço do capital, um jeito de derrotar o movimento pela ideologia despolitizada. O discurso fascista-nacionalista faz parecer que todo mundo é igual, tudo para despolitizar o movimento e evitar que o movimento tome um caráter classista e que, de fato, ouçam as propostas que de fato poderiam mudar o mundo. Por isso, a mídia burguesa está incentivando a política fascista que está rasgando as bandeiras vermelhas dos lutadores sociais honestos que estão nesse imenso movimento. Querem mais uma vez enganar os jovens para manter a lógica do capitalismo.
O que fazer? Derrotar o fascismo nas ruas. Garantir a liberdade de expressão dos lutadores sociais da classe trabalhadora que empunham suas bandeiras vermelhas. O fascismo é opressor e no limite assassino da classe trabalhadora organizada. Os fascistas, se tomam o poder, matam os trabalhadores organizados. Os fascistas matam os socialistas e os comunistas. Os fascistas são contra a liberdade de expressão e contra a liberdade de organização política dos trabalhadores. Os fascistas matam os sindicalistas. Os fascistas matam a juventude crítica. Os fascistas rasgam as bandeiras vermelhas da classe trabalhadora organizada e os matam. Eles ainda são poucos no Brasil, mas eles estão se infiltrando na luta da juventude e querem crescer. Os fascistas participam dos movimentos para recrutar jovens despolitizados para formarem brigadas paramilitares para assassinar os lutadores sociais, porque os fascistas são ricos, tem muito dinheiro, e são a expressão da burguesia preconceituosa, homofóbica, anti-comunista, anti-socialista, anti-sindicalista, anti-povo, anti-revolucionária, são a pior escória que surge na luta de classes. Rasgam as bandeiras vermelhas, porque são contra a liberdade política da classe trabalhadora. São capitalistas, são opressores, são exploradores. Fazem de tudo para que a burguesia continue com seus privilégios e os excluídos sem poder de organização. Não ajudem alimentar o fascismo, achando normal e natural rasgarem e tomarem uma bandeira vermelha de um militante de um partido vermelho, não importa qual seja. Antes do golpe da ditadura no Brasil, os fascistas também faziam isso, rasgavam e tomavam as bandeiras vermelhas. Não podemos regredir na história. Fazem isso em todos os cantos do mundo. Cuidado.
Temos de derrotar esses filhotes do fascismo: todos que possuem bandeiras vermelhas, não importa a sigla partidária, não importa a Central Sindical, precisam sair às ruas. Não podemos deixar que os fascistas imponham um retrocesso histórico no Brasil, colocando fim na liberdade de expressão da classe trabalhadora organizada. Exigimos que os governos petistas atendam as reivindicações dos trabalhadores e da juventude já. É preciso parar de se aliar com a burguesia e de fato ouvir a voz do povo. Se os fascistas derrotarem a democracia no Brasil, o PT e o PC do B possuem responsabilidade nisso, ao não melhorar a vida do povo e ficar dando dinheiro para os ricos. Parem de governar para os ricos e governem para a juventude e para os trabalhadores. Deixem seus castelos burocráticos e sindicais, bandeiras vermelhas, e venham para as ruas derrotar o fascismo da extrema direita, bem como venham ouvir as mudanças reais que a juventude e o povo de fato estão exigindo nas ruas de todo nosso país. Não à burguesia. Não aos fascistas que atacam as organizações dos trabalhadores. Viva a liberdade de expressão da classe trabalhadora. E para que o movimento avance, com democracia, sem fascismo: ASSEMBLEIA POPULAR JÁ, para que jovens e trabalhadores votem suas reivindicações. O povo quer ser ouvido. Essa é a essência desse movimento, os fascistas são minorias e não podemos alimentá-los. Venham para a luta da classe trabalhadora e da juventude contra a burguesia e sua escória fascista.
Por: Gílber Martins Duarte – Socialista Livre – Conselheiro do Sindute-MG e diretor da subsede do Sindute em Uberlândia – Professor da Rede Estadual de Minas Gerais – Doutorando em Análise do Discurso/UFU – Membro da CSP-CONLUTAS.

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