sábado, 29 de outubro de 2011

Prova de OFAs: Palestras APEOESP Santo Amaro!

Sou radicalmente contra as provas de OFA’s! 

O governo dividiu os professores numa série de categorias , reduzindo direitos e tornando nosso emprego mais instável do que antes desse entulho autoritário de 2009.
Somos todos professores independente da categoria ou letra, não temos que aceitar a demissão de milhares de professore categoria “L” e a quarentena de 200 dias para os categoria ‘O” que iniciou em 2010.

Estabilidade para todos os OFA’s: 
Estabilidade para todos os professores, com direito a opção de jornada
Já!
Vasconcellos Por Regina
Apresenta LDB
Apresentação competencias
apresentação proposta do governo
Apresentação sobre violência novo
DELIBERAÇÃO 09
DELORS, JACQUES E EUFRAZIO, JOSÉ CARLOS.EDUCAÇÃO UM TESOURO A DESCOBRIR
HOFFMANN REGINA
PERFIS PROFISSIONAIS
Proposta Curricular Da SEE-SP Eliana
SISTEMAS NACIONAIS DE AVALIAÇÃO
SIMULADO SOBRE AVALIAÇÃO
Simulado Geral Itaquera

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Promotoria apura superlotação em escolas estaduais de SP



O promotor de Justiça João Paulo Faustitoni e Silva, do Grupo de Atuação Especial de Educação, instaurou um inquérito civil no dia 6 de outubro para apurar se há superlotação nas escolas da rede estadual. A ação foi divulgada nesta quarta-feira pelo Ministério Público.
O inquérito vai investigar se as classes recebem mais alunos do que o limite recomendado pelo próprio governo do Estado --de no máximo 30 alunos nas salas do 1º ao 5º ano, de 35 estudantes em turmas do 6º ao 9º ano e de 40 alunos por sala de aula do ensino médio.
A Secretaria de Estado da Educação deve ser ouvida para que se manifeste sobre os documentos que compõe a representação. A Promotoria quer que o governo esclareça quais as medidas em curso para solução do problema.
Procurada pela Folha, a secretaria respondeu que ainda não foi notificada e que só se posicionará após tomar conhecimento do inquérito. 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br  (26/10/2011)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Matemáticos revelam rede capitalista que domina o mundo

Uma análise das relações entre 43.000 empresas transnacionais concluiu que um pequeno número delas - sobretudo bancos - tem um poder desproporcionalmente elevado sobre a economia global. A conclusão é de três pesquisadores da área de sistemas complexos do Instituto Federal de Tecnologia de Lausanne, na Suíça. Este é o primeiro estudo que vai além das ideologias e identifica empiricamente essa rede de poder global.

Nota introdutória publicada por Ladislau Dowbor em sua página:

The Network of Global Corporate Control - S. Vitali, J. Glattfelder eS. Battistoni - Sept. 2011

Um estudo de grande importância, mostra pela primeira vez de forma tão abrangente como se estrutura o poder global das empresas transnacionais. Frente à crise mundial, este trabalho constitui uma grande ajuda, pois mostra a densidade das participações cruzadas entre as empresas, que permite que um núcleo muito pequeno (na ordem de centenas) exerça imenso controle. Por outro lado, os interesses estão tão entrelaçados que os desequilíbrios se propagam instantaneamente, representando risco sistêmico.

Fica assim claro como se propagou (efeito dominó) a crise financeira, já que a maioria destas mega-empresas está na área da intermediação financeira. A visão do poder político das ETN (Empresas Trans-Nacionais) adquire também uma base muito mais firme, ao se constatar que na cadeia de empresas que controlam empresas que por sua vez controlam outras empresas, o que todos "sentimos" ao ver os comportamentos da mega-empresas torna-se cientificamente evidente. O artigo tem 9 páginas, e 25 de anexos metodológicos. Está disponível online gratuitamente, no sistemaarxiv.org

Um excelente pequeno resumo das principais implicações pode ser encontrado no New Scientist de 22/10/2011 (e está publicado a seguir).


(*) O gráfico em forma de globo mostra as interconexões entre o grupo de 1.318 empresas transnacionais que formam o núcleo da economia mundial. O tamanho de cada ponto representa o tamanho da receita de cada uma

A rede capitalista que domina o mundo
Conforme os protestos contra o capitalismo se espalham pelo mundo, os manifestantes vão ganhando novos argumentos.

Uma análise das relações entre 43.000 empresas transnacionais concluiu que um pequeno número delas - sobretudo bancos - tem um poder desproporcionalmente elevado sobre a economia global.

A conclusão é de três pesquisadores da área de sistemas complexos do Instituto Federal de Tecnologia de Lausanne, na Suíça

Este é o primeiro estudo que vai além das ideologias e identifica empiricamente essa rede de poder global.

"A realidade é complexa demais, nós temos que ir além dos dogmas, sejam eles das teorias da conspiração ou do livre mercado," afirmou James Glattfelder, um dos autores do trabalho. "Nossa análise é baseada na realidade."

Rede de controle econômico mundial
A análise usa a mesma matemática empregada há décadas para criar modelos dos sistemas naturais e para a construção de simuladores dos mais diversos tipos. Agora ela foi usada para estudar dados corporativos disponíveis mundialmente.

O resultado é um mapa que traça a rede de controle entre as grandes empresas transnacionais em nível global.

Estudos anteriores já haviam identificado que algumas poucas empresas controlam grandes porções da economia, mas esses estudos incluíam um número limitado de empresas e não levavam em conta os controles indiretos de propriedade, não podendo, portanto, ser usados para dizer como a rede de controle econômico poderia afetar a economia mundial - tornando-a mais ou menos instável, por exemplo.

O novo estudo pode falar sobre isso com a autoridade de quem analisou uma base de dados com 37 milhões de empresas e investidores.

A análise identificou 43.060 grandes empresas transnacionais e traçou as conexões de controle acionário entre elas, construindo um modelo de poder econômico em escala mundial.

Poder econômico mundial
Refinando ainda mais os dados, o modelo final revelou um núcleo central de 1.318 grandes empresas com laços com duas ou mais outras empresas - na média, cada uma delas tem 20 conexões com outras empresas.

Mais do que isso, embora este núcleo central de poder econômico concentre apenas 20% das receitas globais de venda, as 1.318 empresas em conjunto detêm a maioria das ações das principais empresas do mundo - as chamadas blue chips nos mercados de ações.

Em outras palavras, elas detêm um controle sobre a economia real que atinge 60% de todas as vendas realizadas no mundo todo.

E isso não é tudo.

Super-entidade econômica
Quando os cientistas desfizeram o emaranhado dessa rede de propriedades cruzadas, eles identificaram uma "super-entidade" de 147 empresas intimamente inter-relacionadas que controla 40% da riqueza total daquele primeiro núcleo central de 1.318 empresas.

"Na verdade, menos de 1% das companhias controla 40% da rede inteira," diz Glattfelder.

E a maioria delas são bancos.

Os pesquisadores afirmam em seu estudo que a concentração de poder em si não é boa e nem ruim, mas essa interconexão pode ser.

Como o mundo viu durante a crise de 2008, essas redes são muito instáveis: basta que um dos nós tenha um problema sério para que o problema se propague automaticamente por toda a rede, levando consigo a economia mundial como um todo.

Eles ponderam, contudo, que essa super-entidade pode não ser o resultado de uma conspiração - 147 empresas seria um número grande demais para sustentar um conluio qualquer.

A questão real, colocam eles, é saber se esse núcleo global de poder econômico pode exercer um poder político centralizado intencionalmente.

Eles suspeitam que as empresas podem até competir entre si no mercado, mas agem em conjunto no interesse comum - e um dos maiores interesses seria resistir a mudanças na própria rede.

As 50 primeiras das 147 empresas transnacionais super conectadas

Barclays plc
Capital Group Companies Inc
FMR Corporation
AXA
State Street Corporation
JP Morgan Chase & Co
Legal & General Group plc
Vanguard Group Inc
UBS AG
Merrill Lynch & Co Inc
Wellington Management Co LLP
Deutsche Bank AG
Franklin Resources Inc
Credit Suisse Group
Walton Enterprises LLC
Bank of New York Mellon Corp
Natixis
Goldman Sachs Group Inc
T Rowe Price Group Inc
Legg Mason Inc
Morgan Stanley
Mitsubishi UFJ Financial Group Inc
Northern Trust Corporation
Société Générale
Bank of America Corporation
Lloyds TSB Group plc
Invesco plc
Allianz SE 29. TIAA
Old Mutual Public Limited Company
Aviva plc
Schroders plc
Dodge & Cox
Lehman Brothers Holdings Inc*
Sun Life Financial Inc
Standard Life plc
CNCE
Nomura Holdings Inc
The Depository Trust Company
Massachusetts Mutual Life Insurance
ING Groep NV
Brandes Investment Partners LP
Unicredito Italiano SPA
Deposit Insurance Corporation of Japan
Vereniging Aegon
BNP Paribas
Affiliated Managers Group Inc
Resona Holdings Inc
Capital Group International Inc
China Petrochemical Group Company 
 

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Jovem assediada no metrô ataca quadro do 'Zorra Total'

 A jovem que acusa um advogado de 46 anos de tê-la atacado sexualmente em um trem no metrô de São Paulo, no último dia 14, diz que acha um desrespeito o quadro do humorístico "Zorra Total", da TV Globo, que faz piada com o empurra-empurra no metrô.
A informação é da reportagem de Laura Capriglione e Olívia Florência publicada na edição deste domingo da Folha
"Só quem já sentiu na pele a humilhação de ter um sujeito se esfregando contra o seu corpo sabe a tristeza que é. Tem gente que acha engraçado, mas eu, se eu pudesse, tirava [o quadro] do ar", disse, em depoimento à Folha.
No texto, a jovem conta que o assédio do advogado começou assim que ela entrou no vagão lotado e ele se encostou em seu corpo. Ao olhar para trás e ver o pênis do advogado para fora da calça, a jovem desmaiou.
Ela diz que continua usando o metrô, mas com medo --olha para trás o tempo todo e se algum homem fica atrás, sai de onde está.
 A vítima de assédio sexual praticado pelo advogado Walter Dias Cordeiro Junior, durante entrevista à Folha
OUTRO LADO
Procurada pela reportagem da Folha, a Central Globo de Comunicação não quis responder às críticas feitas ao quadro "Metrô", do programa "Zorra Total", e informou que "não vai alterar em nada" o seu conteúdo.
O advogado acusado de ataque sexual, Walter Dias Cordeiro Junior, 46, não quis falar com a reportagem, que o procurou no apartamento em que vive, no bairro da Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo.
Pelo interfone da portaria do condomínio, ele disse à Folha que tinha sido "aconselhado por seus advogados a não se pronunciar à imprensa". Pediu, entretanto: "Escreva apenas que eu afirmo minha inocência".
Veja cenas do quadro "Metrô", do "Zorra Total":



Fonte: http://www1.folha.uol.com.b

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Coleção História Geral da África em português (Somente em PDF

Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili. Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente. A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos.

Brasília: UNESCO, Secad/MEC, UFSCar, 2010.
Download gratuito (somente na versão em português):
Informações Adicionais:
08.12.2010
Source : UNESCO Office in Brasilia


Contribuições de nossos amigos de Portugal: http://historiapublica.blogspot.com

Skinhead agride negro e mulher em metrô de São Paulo




A reportagem teve acesso às imagens de uma agressão em uma estação de metrô de São Paulo. Câmeras de segurança registraram o momento em que um skinhead ataca um jovem negro e duas garotas. O agressor responde pelo crime em liberdade. Visite o UOL Notícias

Fonte: UOL Notícias

Emei Guia Lopes, sofre ato de racismo por trabalhar o Ensino Étnico Racial

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tivemos a honra de trabalhar com a EMEI Guia Lopes no incio do ano, pensando e trocando idéias sobre o ensino Étnico Racial e como desenvolve-lo, com um ótimo trabalho desenvolvido pela escola, o reflexo do preconceito ta aí.... a escola sofreu um ato de racismo, o muro da escola foi pixado com a seguinte frase “vamos cuidar do futuro de nossas crianças brancas". Segue matéria na integra publicada no blog da Folha...
O Projeto Escola da África e o Coletivo Literatura Suburbana está com a Diretora Cibele Racy, apoiando e fortalecendo seu trabalho...

Escola é Pichada com Suástica

http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/escola-e-pichada-com-suastica/

O muro da Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) Guia Lopes, no Limão, na zona norte de São Paulo, foi pichado durante o fim de semana com a frase “vamos cuidar do futuro de nossas crianças brancas”, acompanhada da suástica nazista. Para a diretora do colégio, Cibele Racy, foi uma reação às ações pela igualdade racial. "A Emei tem 430 alunos, de 4 a 6 anos, divididos em classes do ensino infantil 1 e 2. Durante este ano, as questões raciais têm sido discutidas com as crianças, como parte do projeto pedagógico. A festa junina, por exemplo, teve motivos afro-brasileiros. “Foi um sucesso total. Trouxemos comidas e aspectos culturais da África. Tenho vários depoimentos de pais mostrando toda a aceitação”, diz. Segundo a diretora, apesar de bem-recebido, o projeto pode ter despertado reações negativas. “Essa pichação teve um endereço certo. Não foi aleatória. Mexemos numa ferida muito profunda e eu estava até preparada para alguma reação, mas não dessa maneira.”A diretora diz ter ficado surpresa com a manifestação racista. “A escola foi aberta ontem (domingo) para a eleição do conselho tutelar. Quando fui embora, por volta das 19h, passei pelo muro lateral e vi o que estava escrito. Fiquei espantada. Hoje pela manhã já chamei os professores para discutirmos o que seria feito"."Cibele pretende registrar um boletim de ocorrência ainda hoje, mas não só isso. Pretende convidar os pais de alunos para um bate-papo com integrantes de movimentos pela diversidade racial, durante uma reunião pedagógica no período noturno, no dia 10."Além disso, os alunos serão convidados a remover dos muro os símbolos de intolerância, mas de uma forma divertida. “Vamos dizer que sujaram a escola e que precisamos dar um jeito naquilo. As crianças estarão livres para pintar o que desejarem. É uma forma de eliminar completamente essa marca lamentável. O que merece publicidade é o que tem sido feito de positivo aqui.” "Todos os anos, em novembro, o colégio faz uma passeata temática do lado de fora dos muros. A diretora diz que, no próximo mês, a igualdade racial será o tema da manifestação. ">Professora de psicologia da educação da Universidade de São Paulo (USP) Silvia Colello diz que o projeto surtiu efeito, daí a reação. “Foi tão eficiente que as vozes contrárias não conseguiram se calar.” ">Silvia diz também que apagar o muro com o desenho das crianças é algo positivo. “A diretora está dizendo que vai responder de forma pacífica, lutando pela igualdade. Vamos cobrir as marcas da violência com nossa mensagem, com desenhos, com o que temos a dizer.” ">Segundo a professora, na faixa etária dos alunos da Guia Lopes ainda não há manifestação de racismo. “A criança pequena que é branca brinca com a negra sem problema. A discriminação é algo socialmente adquirido.” ">A partir do momento em que for registrado o boletim de ocorrência, o caso deverá ser investigado pela polícia.

A Maria Frô publicou a foto em seu blog:http://mariafro.com.br/wordpress/2011/10/17/como-prometido-as-fotos-da-pichacao-neonazista-na-emei/
Postado por Literatura Suburbana

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Site defende rapaz que quebrou braço de jovem em Natal e diz que "mulher é para apanhar"

Por Aliny Gama - Especial para o UOL Notícia

A agressão à estudante de direito Rhanna Umbelino Diógenes, 19, que teve o braço quebrado em uma boate em Natal depois de se recusar a dar um beijo no comerciante Rômulo Manoel Lemos do Nascimento, 22, ganhou mais um capítulo.
Além de ter sido agredida fisicamente, a jovem está sendo vítima de agressão virtual em um site apócrifo, de supostos amigos do agressor. Família e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) pediram a retirada da página do ar.
Intitulado como Silvio Koerich, o “rei dos búfalos viris”, o site traz uma montagem com a foto de Rômulo segurando uma metralhadora e diz que ele está sofrendo “bullying judicial e midiático”, por ter “quebrado o braço de uma vadia baladeira.”
O site diz achar “louvável” a atitude de Rômulo e afirma que ele tem “total apoio” para não só quebrar o braço da jovem, como espancá-la. “Ela não deveria ter ficado apenas com o braço quebrado, mas sim levado muito soco na cara, pra quando olhar no espelho se lembrar de deixar a vagabundagem de lado e procurar algo útil para fazer”, diz o texto.
  • Reprodução
    Reprodução mostra trecho do site que apoia atitude de comerciante
Em um dos trechos comentados sobre a agressão que a estudante sofreu, o autor do site acha “engraçado” o estado do braço da jovem, que, devido à fratura do antebraço, teve de implantar duas placas de titânio e 14 pinos, e manda um recado para as garotas que gostam de sair para baladas.
“Nosso amigo Rômulo Lemos não merece esse tipo de perseguição midiática, pois apenas fez bem em quebrar o braço de uma baladeira que rejeita o homem branco; agora ela fica se vitimizando na internet e na mídia – com o intuito de conseguir fama nacional”, afirma.
O site diz ainda que Rômulo está sofrendo perseguição nacional e assinala que “enquanto vagabundas estiverem em circulação, torço para que haja mais ‘Rômulos Lemos’ para contê-las, pois mulher merece apanhar”.

Pedido de retirada do ar

Diante das ofensas e frases racistas, advogados da estudante já ingressaram com pedido de investigação no MPF (Ministério Público Federal) no Rio Grande do Norte para que descubra o responsável pela página e peça a retirada do conteúdo da internet.
Na solicitação ao MPF, o pai da jovem, Kennedy Diógenes, atribuiu o conteúdo do site como uma “ofensa contra a sociedade brasileira”. Em entrevista ao UOL Notícias, ele critica a ocorrência de sites com conteúdo criminoso.
“É um crime um site daquele está na internet. É uma agressão e uma ofensa à sociedade. Ele não só agrediu minha filha como outras pessoas e cometeu vários crimes federais como racismo a nordestinos e apoio a estupros, entre outras atrocidades”, disse.

OAB repudia conteúdo

O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Rio Grande do Norte, Paulo Eduardo Teixeira, afirmou que está endossando a representação dos advogados de Rhanna no MPF e informou que nesta quinta-feira (20) o conteúdo do site será discutido no Conselho Seccional da OAB.
Teixeira disse que vai cobrar dos órgãos competentes que sejam aplicadas as penalidades cabíveis para o autor do site, além da retirada da internet.
A pedido do UOL Notícias, Teixeira analisou o conteúdo do site nesta quarta-feira (19) e destacou que traz conteúdos racistas, discriminatórios e ainda incita a violência contra a mulher.
Para ele, o conteúdo extrapola os direitos humanos, além do direito individual e coletivo. “Entendo que aquilo ali é uma violação aos direitos humanos. O conteúdo é bastante ofensivo por incitar a violência contra a mulher, os nordestinos. Rhanna é mais uma das vítimas desse site difamador, e ele tem de ser tirado do ar. Vamos tomar todas as medidas necessárias para coibir essa prática criminosa”, informou.

A estudante Rhanna Diógenes mostra cirurgia feita no braço direito para implantação de duas placas de titânio e 14 pinos de sustentação depois que quebrou o braço em agressão dentro de boate em Natal
A estudante Rhanna Diógenes mostra cirurgia feita no braço direito para implantação de duas placas de titânio e 14 pinos de sustentação depois que quebrou o braço em agressão dentro de boate em Natal
Fonte: UOL

Combate ao Assédio Moral II: vamos acabar com essa praga!



SEPE
Cartilha Violencia Final

SINTRAJUD

Cartilha Assedio Moral Final

Combate ao Assédio Moral: vamos acabar com essa praga!

Cartilha_Assédio Moral2

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Pan 2011: Atleta cubano elogia Fidel e condena desertores

181011_atletaSolidários - A Revolução de 1959 foi gestada por Fidel Castro no México. Antes de partir com destino a Cuba ao lado do companheiro, Ernesto Che Guevara trabalhou como fotógrafo nos Jogos Pan-americanos da Cidade do México 1955.

Se ambos empunharam armas para derrubar o ditador Fulgêncio Batista, Yulio Zorrilla o faz na luta por uma medalha no Pan de Guadalajara. Praticante do tiro esportivo, ele elogia a mira de Fidel e condena as deserções de compatriotas durante competições.
"Se você quiser ir para qualquer país em busca de melhores condições econômicas, por que necessariamente tem que aproveitar uma situação como essa?", questionou o atleta de 34 anos. Medalha de bronze no Jogos Pan-Americano do Rio de Janeiro 2007, competição na qual alguns membros da delegação cubana desertaram, ele está em Guadalajara com a meta de conquistar o ouro e, consequentemente, garantir presença nas Olimpíadas de Londres 2012.
Zorrilla nasceu na cidade de Bayamo, localizada na Província de Granma, região na qual o barco de mesmo nome chegou procedente do México em 1956 com algumas dezenas de guerrilheiros, entre eles Fidel Castro, seu irmão Raul e Che Guevara. Os poucos que sobreviveram ao desembarque organizaram a resistência armada a partir da Sierra Maestra, uma região de difícil acesso, e precisaram de boas miras para combater o exército de Fulgêncio Batista, em muito maior número.
Formado pelo prolífico programa esportivo cubano, Zorrilla começou a praticar tiro com apenas 12 anos. Ele conciliou a modalidade com os estudos e se graduou em contabilidade e finanças na Universidade de Havana. Após usar o acesso à internet gratuito disponibilizado na Vila Pan-Americana e utilizado em larga escala pelos cubanos, o atirador foi reticente diante do pedido de entrevista da GE.Net e perguntou os assuntos que seriam abordados, mas falou abertamente sobre tudo.
GE.Net: Seus compatriotas estão dominando a sala de acesso à internet aqui na Vila...
Yulio Zorrilla: Cuba não pode ser sócio comercial dos Estados Unidos, mas todos os cabos de fibra ótica ao redor da Ilha são de empresas norte-americanas ou de filiais de empresas norte-americanas. Portanto, elas não fornecem serviço de internet à Cuba, o que faz com que o acesso seja demasiadamente caro e é difícil contratá-lo com um salário mínimo. Na Guatemala, uma hora de Internet custa US$1,00. Em Cuba, custa US$6,00. É uma conexão lenta e cara.
GE.Net: Por isso, todos estão aproveitando aqui...
Zorrilla: Os atletas estão todos se falando entre eles mesmos, se relacionando entre eles nas redes sociais. Tem um aqui e outro lá, mandando mensagens pelo Facebook. Isso também é como se fosse uma diversão.
GE.Net: Muitos atletas também aproveitam as passagens pelo exterior para comprar equipamentos eletrônicos. Você pretende fazer isso?
Zorrilla: Sim, porque indiscutivelmente é mais barato do que em Cuba. Eu quero apenas atualizar o computador que tenho em casa e levar alguns presentes para minha família.
GE.Net: Como o isolamento em relação aos Estados Unidos influencia sua carreira de atirador esportivo?
Zorrilla: Há alguns anos, Cuba importou uma quantidade de balas para eu treinar. A cada vez que as balas chegavam a um determinado porto para seguir o caminho até Cuba, pela política de bloqueio dos Estados Unidos, a mercadoria voltava para o país de origem. Ou seja, não era permitido que Cuba comprasse as balas para tiro esportivo. Essas balas foram adquiridas com o objetivo de treinar para os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007. Sabe quando elas chegaram a Cuba?
GE.Net: Quando?
Zorrilla: Só um mês antes dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Uma parte veio de barco e a outra, de avião. Foi incrível a travessia que precisaram fazer. A falta de negócios com os Estados Unidos nos afeta incrivelmente.
GE.Net: Atualmente, você conta com um equipamento adequado ou já começa em desvantagem em relação aos outros competidores?
Zorrilla: Minha pistola de ar é bem moderna, comprei três meses antes do Pan de 2007. A outra é uma pistola da antiga União Soviética, mas que tem uma grande trajetória de campeões olímpicos e mundiais. Atualmente, o recorde mundial da minha modalidade foi feito com essa pistola. Não vou ter qualquer tipo de desvantagem em termos de equipamento. Meu braço e minha mente vão definir tudo.
GE.Net: Alguns atletas cubanos aproveitam as competições no exterior, como o Pan-Americano, para abandonar a delegação e tentar ficar no país-sede. O que você acha desse tipo de atitude?
Zorrilla: Eu lutei contra vários atiradores cubanos para conseguir representar o país em um campeonato como esse. A maioria que deserta o faz por questões econômicas, ninguém está contra o governo. Mas se você quiser ir para qualquer país em busca de melhores condições econômicas, por que necessariamente tem de aproveitar uma situação como essa? Você pode solicitar um visto de outro país, conseguir as licenças, pagar sua passagem e ir embora. Pode sair com a cabeça erguida e ainda levar a base oferecida pelo governo cubano, que gratuitamente te formou como um bom atleta. Você pode utilizar esse conhecimento para ganhar a vida em outro país.
GE.Net: Ou seja, você acha que não é necessário aproveitar eventos como Pan-Americanos e Olimpíadas para fugir...
Zorrilla: Eu penso que não precisa se aproveitar de uma situação como essa. Se no futuro eu quiser sair de meu país, tiro os vistos para mim e para minha família, pago meus trâmites, compro as passagens e vou embora. Conheci alguns atletas que resolveram ficar e, no final das contas, tudo que ofereceram ficou no esquecimento. Cuba não é o melhor país do mundo para viver, mas não são apenas os cubanos que querem sair em busca de melhores condições econômicas. Conheço guatemaltecos, venezuelanos e colombianos que têm o mesmo desejo, mas eles o fazem com seus próprios meios. Por exemplo, ninguém fala: "Saí da Colômbia porque o governo é terrorista."
GE.Net: No Rio de Janeiro, alguns cubanos desertaram durante os Jogos Pan-Americanos de 2007. Você acha que isso pode se repetir em Guadalajara ou, pelo que sente da delegação, não vai acontecer?
Zorrilla: Isso é difícil de prever. Eu falo por mim, mas não sei o que pensam os demais. Tem gente que não vem com essas intenções, mas chega alguém e promete: "Vou te dar um trabalho, vou te dar um carro, vou te dar uma casa." No final, depois que os atletas decidem ficar, não cumprem o prometido. O Comitê Organizador aqui em Guadalajara se comportou muito bem, atendeu muito bem aos cubanos e não acredito que houve qualquer tipo de campanha para incitar os atletas a desertarem. Mas cada um é dono de suas decisões e de seus destinos.
GE.Net: Você é praticante de tiro. É verdade que o Fidel Castro tinha uma boa mira?
Zorrilla: Antes da Revolução, o Fidel passou um tempo aqui no México treinando e se preparando. Quando ele estava na Sierra Maestra, um estrangeiro doou um fuzil a ele. Era um bom rifle, com mira telescópica. Dizem que ele era um bom atirador e inclusive há fotos dele caçando.
GE.Net: Então, podemos dizer que o Fidel foi um precursor de seu esporte...
Zorrilla: Foi um precursor [risos]. Tem uma frase dele que envolve meu esporte: "Todo cubano deve saber atirar, e atirar bem".
GE.Net: Você está prestes a disputar os Jogos Pan-Americanos aqui em Guadalajara. Sabia que o Che Guevara trabalhou como fotógrafo na edição de 1955 do evento, realizada na Cidade do México?
Zorrilla: Não sabia disso, mas eu gosto muito de fotografia e tenho um negócio em Cuba ligado à fotografia.
GE.Net: Além de praticar seu esporte, você tem um trabalho paralelo em Cuba?
Zorrilla: Eu pratico meu esporte e agora, com as novas resoluções do governo, tenho um negócio privado, o que lá chamamos de "trabalho por conta própria". O Estado permitiu que as pessoas que tenham recursos e interesse em montar algum tipo de negócio particular recebam uma licença para isso. Na década de 1990, houve uma abertura e recentemente isso aumentou, a concessão da licença ficou mais flexível.
GE.Net: O Fidel gosta de esporte e resolveu investir expressivamente nesta área durante sua longa gestão, a ponto de fazer a pequena Ilha rivalizar com as grandes potências em Pan-Americanos e Olimpíadas. A crise dos anos 1990 enfraqueceu Cuba no cenário esportivo?
Zorrilla: Depois dessa grande crise, que ainda atingiu parte da primeira década deste século, Cuba está se recuperando na área econômica e começará a resgatar a antiga estrutura esportiva. Recentemente, se reestruturaram as escolas de iniciação esportiva. Nos centros de alto rendimento, também se projeta um grande processo de investimento a partir do ano que vem para apoiar o desenvolvimento esportivo nos próximos anos.
GE.Net: Você foi descoberto por intermédio do programa de formação de talentos do governo?
Zorrilla: Sim. Em Cuba, há centros esportivos que captam estudantes com qualidades físicas para um determinado esporte. Quando eu tinha uns 12 anos, um treinador de tiro foi à minha escola e perguntou: "Você quer praticar tiro esportivo?". Eu nem sabia o que era isso, mas ele me captou e começamos a treinar. Esses foram meus primeiros passos, eu nem imaginava que poderia chegar ao time nacional. Só fazia para ocupar meu tempo livre em algum esporte. Graças a isso, cheguei até aqui. O sistema esportivo cubano, ao ser aberto a todo o povo, propicia a descoberta de atletas, que vão passando por diferentes centros. Os mais talentosos e com melhores resultados chegam ao alto rendimento e representam o país internacionalmente.
GE.Net: Como um profissional da área econômica, que caminho você acha que Cuba deve seguir nos próximos anos?
Zorrilla: Cuba precisa dar passos para propiciar processos de investimento mais seguros. No atual contexto mundial, com a globalização dos meios e o intercâmbio econômico em tantos países, é impossível que uma economia se desenvolva de forma isolada. Cuba é o principal sócio comercial da China no Caribe e da Venezuela também. Precisa continuar se inter-relacionando com países do mundo todo para poder desenvolver suas políticas econômicas e sociais.
Fonte: http://www.diarioliberdade.org

sábado, 15 de outubro de 2011

Aos mestres com carinho!!!


Aos professores e professoras...



Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos.

Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua ação de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.

Nesse sentido a luta dos professores em defesa de seus direitos e de sua dignidade (por uma educação pública de qualidade) deve ser entendida como um momento importante de sua prática docente, enquanto prática ética. Não é algo que vem de fora da atividade docente, mas algo que faz parte dela. Uma das formas de luta contra o desrespeito dos poderes públicos pela educação, de um lado, é a nossa recusa em transformar nossa atividade docente em puro bico, e de outro, a nossa rejeição a entendê-la e a exercê-la como prática afetiva de “tias e de tios”.

Ensinar exige apreensão da realidade, exige a capacidade de aprender, não apenas para nos adaptar, mas sobretudo para transformar a realidade para nela intervir, recriando-a.

Parabens pelo nosso dia!!!

"Sou professor(a) a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou esquerda. Sou professor(a) a favor da luta constante contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura".

(Palavras de Paulo Freire)

UM BOM PROFESSOR, UM BOM COMEÇO

A base de toda conquista é o professor
A fonte de sabedoria, o professor
Em cada descoberta, cada invenção
Todo bom começo tem um bom professor

No brilho de uma ferrovia
(um bom professor)
No bisturi da cirurgia
(um bom professor)
No tijolo, na olaria, no arranque do motor
Tudo que se cria tem um bom professor

No sonho que se realiza
(um bom professor)
Cada nova ideia tem um professor
O que se aprende, o que se ensina
(um professor)
Uma lição de vida, uma lição de amor

Na nota de uma partitura, no projeto de arquitetura
Em toda teoria, tudo que se inicia
Todo bom começo tem um bom professor
Tem um bom professor 
 

Ahhhhh !!!
Um recadinho para nosso secretário Herman,  que diz querer um carreira digna para os professores e professoras do Estado de São Paulo.















quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Chile: mais de 87% votam por educação gratuita e de qualidade

 

Cerca de 87% dos votantes no referendo educacional votaram pelo “sim” nas quatro perguntas formuladas no sufrágio, que consultaram a população sobre se ela estava de acordo com um ensino público gratuito e de qualidade, sobre o fim do lucro na educação, o retorno da educação para as mãos do Estado e a incorporação do plebiscito vinculante como mecanismo para resolver problemas de caráter nacional. A reportagem é de Christian Palma.


Mesmo com o governo afirmando que o plebiscito cidadão pela educação não tinha validade, os chilenos participaram em massa da consulta. Na noite de quarta-feira, foi anunciado o resultado: 87% dos votantes no referendo educacional votaram pelo “sim” nas quatro perguntas formuladas no sufrágio, que consultavam a população sobre ela estava de acordo com um ensino público gratuito e de qualidade e se estavam a favor da desmunicipalização da educação secundária pública, ou seja, de seu retorno às mãos do governo federal. As outras perguntas eram sobre a eliminação do lucro na educação e sobre a necessidade de incorporar o plebiscito vinculante como mecanismo para resolver problemas de caráter nacional.
Após anunciar o resultado do plebiscito, o presidente do Colégio dos Professores, Jaime Gajardo, detalhou que 1.027.569,00 pessoas votaram nas mesas e outros 394.873 o fizeram pela internet, enquanto que 30 mil foram desconsiderados por serem votos repetidos. “Quanto às porcentagens, 87,15% votaram pelo Sim e 11,2% pelo Não”, precisou Gajardo, que destacou a participação na Região Metropolitana, onde votaram 530.811 pessoas; Puerto Montt, com 60.165 votantes; Valparaíso, 101.138; Concepción, 115.080 votos; Iquique, 15.384 e Magallanes, 6.298 pessoas.
O dirigente acrescentou que, agora, todas as atas serão reunidas, região por região, e serão organizadas no Colégio de Professores para quem quiser ver e consultar os resultados. “Foi feito um trabalho profissional de primeiro nível. Segundo os especialistas, se há algum erro ele é marginal, não mais do que 2%. O importante foi a quantidade de pessoas que participou e a tendência majoritária, contundente, inclinada e muito precisa, dizendo Sim a que haja no país uma educação gratuita; queremos que a educação não sirva para gerar lucros; queremos que haja um plebiscito vinculante para resolver esses grandes temas”, defendeu Gajardo.
Neste cenário, o Colégio de Professores e os estudantes confirmaram uma nova mobilização nacional para os próximos dias 18 e 19 de outubro, na qual se pretende marchar desde quatro pontos distintos de Santiago até a Praça Itália, lugar tradicional de manifestações na capital chilena. O governo chileno afirmou que não autorizará novas marchas, em uma clara tentativa de relacionar as manifestações com os fatos de violência protagonizados por jovens encapuzados que não estão relacionados diretamente com o movimento estudantil. 

Seja como for, os estudantes chilenos já disseram que não ficarão de braços cruzados.
Neste cenário, a porta-voz da Confederação de Estudantes do Chile (Confech), Camila Vallejo, assinalou que a jornada de 18 de outubro será preparatória para a grande marcha do dia 19. Começará às 11 horas da manhã quando uma delegação irá ao Palácio La Moneda para entregar os resultados oficiais do plebiscito. Neste mesmo dia, às 21 horas, haverá um novo panelaço e ocorrerão assembleias locais em todo o país para seguir lutando por uma melhor educação.
No dia 19, a marcha deve iniciar às 10 horas da manhã, a partir de quatro pontos distintos da Região Metropolitana. “Conversaremos outra vez com a Prefeitura e pediremos que não tentem esconder o movimento”, disse Camila Vallejo. A dirigente estudantil, avaliada como uma das três figuras políticas com mais futuro no país, respondeu ao ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter, que chamou os parlamentares para aprovar o projeto de lei denominado “anti-ocupações” – que pretende penalizar as ocupações de colégios e universidades – dizendo que “não aceitaremos que nosso país seja governado por saqueadores, nem que as ruas sejam tomadas por eles”. A resposta de Camila foi curta e grossa: “os saqueadores já estão governando o país”.
“O ministro (Hinzpeter) está equivocado porque os grandes saqueadores estão governando o país, são os mais ricos. Precisamos que os verdadeiros saqueadores paguem a educação para os mais pobres”. Ela acrescentou que “o movimento estudantil está em sua plena primavera”, reafirmando o chamado à manutenção da mobilização.
“Este movimento segue vivo e com força, segue sendo capaz de mobilizar-se e manter-se firme neste processo, porque nada foi solucionado. O governo não colocou nenhuma solução sobre a mesa, mas somente mais do mesmo, mais modelo mercantil na educação, com mais recursos, mas aprofundando o modelo que segmenta e segrega”, acrescentou Camila Vallejo.
Tradução: Katarina Peixoto
Fotos: www.colegiodeprofesores.cl  Via Agência Carta Maior