As instituições representativas da educação de todo Brasil, já estiveram até no Ministério Público para denunciar o aumento da violência nas escolas públicas.
O número de casos de violência dentro e no entorno das escolas de todo país tem aumentado de ano para ano: agressões a professores, brigas de alunos, balas perdidas resultantes de operações policiais ou confronto de quadrilhas de traficantes; todas estas ocorrências tem provocado ferimentos e até mortes de alunos e os sindicatos têm denunciado às autoridades, mas, até o momento, essas denúncias tem caído no vazio e as ocorrências continuam acontecendo.
No estado de São Paulo a vulnerabilidade decorre também da ausência de funcionários em número suficiente e da extinção de funções importantes, como, por exemplo, de porteiro, inspetor e outras. Pesquisa realizada pelo nosso Sindicato, em 2007, indica que 87% dos professores já vivenciaram ou tomaram ciência de casos de violência nas escolas públicas estaduais.
Cabe ao Estado desenvolver políticas que minimizem a violência nas escolas e garantam a segurança dos que nelas estudam e trabalham, sobretudo através do envolvimento das famílias e de comunidade escolar na gestão democrática da educação.
Venho aqui demonstrar minha indignação contra mais esse ato de violência em nossas escolas, representada por essa tragédia ocorrida hoje, na EM Tasso da Silveira, em Realengo, (Rio de Janeiro) com a morte, até agora, de 12 alunos.
Claudemir, como educadora de escola pública atesto as palavras acima no que diz respeito ao aumento da violência nas escolas. Atrevo-me a dizer que é um caso alarmante e que agora já se inicia nos primeiros anos do Ensino Fundamental. Tanto tem sido preocupante que na última reunião pedagógica da escola que trabalho contribui no momento de formação sobre o tema Bullying e demais casos de violência que tem ocorrido nas escolas, justamente para alertar os professores quanto a necessidade de estarmos mais atentos, de se abrir a discussão com alunos, familiares, comunidade. Venho tentando desenvolver um projeto nesse sentido.
ResponderExcluirEnfim, ontem quando vi tudo aquilo perdi o chão e enquanto não provarem o contrário, acredito que esse sujeito foi sim vítima de algum tipo de violência escolar, familiar, social. Não que isso justifique, de modo algum, mas se o sistema educacional deixasse de ser tão conteudista e mais humanizador e acolhedor teríamos menos Welingtons por aí.
Abs.
Ah...por acaso tiraste a frase que colocou sobre a tarja de luto lá do blog? É que ficou idêntica a única coisa que consegui escrever ontem na hora da dor e do desalento.
Oi Rosa!
ResponderExcluirFicamos estarrecidos com esses acontecimentos!!
A questão de fundo que fica depois dessa tragédia é?
O que fazer?
Como transformar o ensino alienante (estranho à classe-que-vive-do-trabalho) aplicado nas escolas públicas de todo país?
Como construir um novo marco civilizatório dentro de um mundo produtor de mercadoria?
Como dar vazão a nossa dor sem espetacularizar à tragédia (vide esse BBB trágico da vida real proporcionado pela grande mídia?)
Aqui em São Paulo as escolas estão sucateadas, as salas estão superlotadas, não há funcionários, (essa semana a faxineira da minha escola estava exercendo a função de inspetora de alunos, controlando entrada de alunos), os professores, com jornadas estafantes, estão sendo tratado como a escória da sociedade pelo governo. E nosso governador ainda teve “a cara de pau” de vir a público dizer que todas as escolas estaduais tinham funcionários na portaria!
Desculpe não ter dado crédito a seu post!! Já fiz a devida correção!!