quinta-feira, 7 de julho de 2011

Professores estaduais em greve fazem passeata no Rio

Professores e funcionários da rede estadual da educação fazem passeata no Rio

Paula Giolito/Folhapress

Professores e funcionários da rede estadual da educação fazem passeata no Rio

DA AGÊNCIA BRASIL

Centenas de professores e funcionários das escolas da rede estadual do Rio, em greve desde o dia 7 de junho, fizeram nesta terça-feira uma manifestação no largo do Machado, zona sul da cidade. Eles foram em direção ao Palácio Guanabara, sede do governo, para serem recebidos por autoridades.

De acordo com o diretor do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação, Tarcísio Carvalho, a greve tem a adesão de 60% dos professores e funcionários do estado, deixando cerca de 600 mil alunos sem aulas. Carvalho informou que a categoria pede um índice de reajuste salarial de 26%, enquanto a oferta do governo, divulgada hoje, foi a de antecipar a incorporação prevista para 2012, o que representa na prática cerca de R$ 36 de aumento.

"Reconhecemos que é um avanço, mas muito pequeno. Ainda é muito pouco. Significa na vida de 30 mil pessoas que estão na rede estadual cerca de R$ 36. Estamos a quase um mês em greve. Nós queremos a antecipação completa do Nova Escola (programa de gratificação) e o índice de reajuste salarial. Além disso queremos o descongelamento do plano de carreira dos funcionários", disse Carvalho.

O diretor do sindicato acrescentou que existe uma ação no Tribunal de Justiça do Rio, que será julgada em dois dias, para impedir o desconto no salário dos profissionais pelos dias de greve. "Cortar o ponto dos professores e funcionários é impedir que o ano letivo se complete. Por isso esperamos que o juiz perceba, que a reposição das aulas, com a qual nós nos comprometemos, estará garantida apenas se o judiciário acertar e o governo não cortar o ponto".

Ainda de acordo com o sindicalista, nesta quarta (6) haverá uma reunião com o secretário estadual de Educação, Wilson Risolia. Alguns bombeiros, funcionários da rede estadual de saúde e policiais civis também compareceram ao protesto como forma de apoio.

A secretaria estadual de Educação informou que a proposta apresentada foi a de que não haveria o desconto desde que houvesse a reposição das aulas. Segundo a secretaria, de 2007 a abril de 2011, a remuneração média do professor que trabalha 16 horas semanais passou de R$ 1.123,30 para R$ 1.279,50, um crescimento de 13,91% Contudo, os que ganham menos, em início de carreira, tiveram um ganho de 52,28% no período, passando de R$ 540,64 para R$ 823,26.

A manifestação foi acompanhada por 20 membros do Batalhão de Choque da Polícia Militar, em cinco viaturas. Segundo a secretaria, a rede estadual de ensino tem 1.457 escolas, 1,1 milhão de alunos e 75 mil professores, sendo 51 mil regentes de turma.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário