domingo, 12 de agosto de 2012

Eleições: Cuidado, o capitalismo transforma até a consciência política das pessoas em mercadoria!



A prática econômico-jurídico-ideológica-discursiva de gastar milhões em campanhas eleitorais deveria incomodar profundamente a classe trabalhadora. Mas, infelizmente, milhões de trabalhadores, por falta de uma postura crítica desenvolvida, acham normal essa prática e, inclusive, a legitimam: ou vendendo seu voto ou vendendo o tempo de seus corpos como cabos eleitorais ou vendendo sua consciência para as propagandas eleitorais sedutoras, sem se dar ao trabalho de investigar o projeto político-econômico-jurídico-ideológico-discursivo dos candidatos.
Até quando o povo vai legitimar e achar natural essa prática? Sabemos que o próprio capitalismo incentiva essa prática, mas o capitalismo não é um ser abstrato, o capitalismo é feito de pessoas de carne e osso, e, no caso, são os burgueses-políticos ou os políticos-servis-à-burguesia que praticam esse gesto de deseducadores do povo. Burgueses-políticos ou políticos-servis-à-burguesia, que fazem isso, na verdade, reproduzem a ideologia de que até a consciência política das pessoas se transformou em uma mercadoria leiloada no mercado.
Como os burgueses-políticos pagam pela mercadoria-consciência-política de milhares de trabalhadores? Segundo Marx, a mercadoria tem valor de uso e valor de troca. O valor de uso da mercadoria-consciência-política é aquilo para o que a mercadoria serve. No caso, o burguês-político faz uso da mercadoria-consciência-política comprada, levando essa mercadoria a apertar a tecla em seu número ou também levando essa mercadoria a ser um candidato que vai defender seus interesses políticos-econômicos-jurídicos-ideológicos, quando este estiver eleito.
Qual o valor de troca da mercadoria-consciência-política-leiloada no mercado das eleições? Aí vai depender do tempo de trabalho social gasto para reproduzir a própria mercadoria-consciência-política que está à venda no mercado das eleições. Temos mercadorias que possuem mais tempo envolvido na construção de suas consciências políticas-vendáveis. Uma mercadoria-consciência-política de uma pessoa que consegue muitos votos, porque tem uma história mais longa de liderança em alguma coisa, e que já pode até ser um candidato de sucesso, obviamente, terá um valor de troca bem maior do que um simples entregador de santinho, muitas vezes até analfabeto, que cobra diária pelo serviço e que não tem tempo nenhum de experiência na área. Algumas mercadorias-consciências-políticas fazem parte do exército de reserva do capitalismo e aceitam se vender bem baratinho por uma simples promessa de que vão seguir recebendo o vale alimentação, caso o governo continue eleito: o tempo de formação dessa consciência-política-vendável é quase zero e seu único esforço será apertar a tecla no dia da eleição. Algumas mercadorias-consciências-políticas são jogadoras, enxergam a política como um jogo de azar, então se vendem pela promessa de um emprego, caso o seu time de candidatura ganhe, assim, gastam tempo fazendo campanha, esperando ter sorte de ganhar o prometido. Tem mercadoria-consciência-política que se julga um Neymar, um Mano Menezes, um Ronaldinho Gaúcho, estas, geralmente, tem muito tempo gasto em sua produção, apostam alto e aceitam trocar seus passes ou suas consciências-políticas por cargos no alto escalão nas secretarias do governo. Algumas mercadorias-consciências-políticas arrastam atrás de si um grande número de corpos que também querem um farelinho do dinheiro aplicado nas eleições para se entregarem de corpo e alma ao líder comunitário ou outro líder qualquer, são consciências-políticas-vendáveis semelhante às máquinas, pois tem alto índice de produtividade: paga-se caro por tais máquinas, mas elas produzem o esperado.
Como se vê, não é por acaso que os burgueses-políticos ou os políticos-servis-à-burguesia precisam de milhares ou de milhões para se elegerem. Esse é um negócio de longa data. Com efeito, a eleição no capitaslimo tem sido um grande leilão em que só ganham aqueles que puderem pagar mais alto nos lances. Se você vai a um leilão com algumas míseras pratas, obviamente, você voltará de mãos vazias. Os burgueses-políticos ou os políticos-servis-à-burguesia sabem disso, eles são capitalistas, eles investem na política como se estivessem abrindo uma empresa: compram mercadorias consciências-políticas e usufruem dessas mercadorias fazendo sua rede de negócio continuar, são apaixonados em serem os poderosos, os caras, os dominadores, os privilegiados, mas isso requer investimento. No capitalismo tem sido assim, as consciências-políticas das pessoas também se transformaram em mercadorias e estão à venda no mercado e os donos do mercado agradecem a todos os que aceitam se vender.
Nós, socialistas livres, não vendemos nossa consciência política por dinheiro nenhum e apoiamos todos socialistas que repudiam essa prática. Não achamos natural, não achamos legítimo, não achamos necessário que as consciências políticas se transformem em mercadorias. Por isso, afirmamos: cuidado com os burgueses-políticos ou políticos-servis-à-burguesia! Se eles gastam milhões para eleger seus candidatos ou para se elegerem, pagando cabos eleitorais, investindo em programas assistencialistas, prometendo vida fácil aos seus familiares, é que eles próprios já se venderam para o capitalismo e por detrás de suas belas propagandas estão apenas tentando comprar você, estão tentando comprar a sua consciência para reproduzir os privilégios de dominadores e exploradores do povo. Você está à venda? Você tem um preço? Se você tiver um preço, com certeza, não faltará algum burguês-político ou um político-servil-à-burgueisa pronto para comprar você!
Nós, socialistas livres, afirmamos: os poderosos do capitalismo são podres, naturalizam a deterioração de todas as relações humanas, porque pagam para possuir até as consciências das pessoas e depois de possuí-las, utilizam desse fato para seguir os seus prvilégios. Um livre não se vende, um livre é ingovernável por aqueles que querem comprar ou calar a sua consciência. Somos livres, somos socialistas! Não passarão ou pelo menos não deveriam passar tais políticoos! A revolução começa agora, não venda sua consciência para nenhum grupo ou corporação, não caia no conto do capitalismo!
Se um dia, um político qualquer: pensou em pagar ou pagou algum cabo eleitoral para  ajudá-lo na campanha; usou um programa assistencialista de governo para justificar o pedido de voto; pegou dinheiro de corporações capitalistas para fazer campanha; prometeu usar de sua influência política para facilitar a vida de alguém; distribuiu cargos para ganhar apoio; enfim, se um político fez isso, este político já é um vendido para o sistema capitalista. Não é mais um ser humano livre, é uma mercadoria comprada para reproduzir o sistema de compra e venda do capital. Esse político tem um preço e seus apoiadores também tem um preço: são todos consciências políticas transformadas em mercadorias, umas com valor de troca maior, outras com valor de troca menor, mas todos são mercadorias!
É necessária essa prática? Claro que não. Mas para isso teríamos que educar a humanidade para construir outros valores. Precisaríamos que nossos corpos-consciências deixassem de ser meras mercadorias com valor de uso e de troca! Nossas relações sociais humanas deveriam ser pautadas pela generosidade, pela liberdade, pela fraternidade, pela socialização das oportunidades, pela equidade e justiça social, pela democracia operária de verdade com respeito ao diferente e à liberdade de crítica. Uma humanidade educada nesses valores, contudo, se torna ingovernável, impagável, não aceita de forma alguma a exploração, não aceita de forma alguma a dominação e o mando das pretensas hierarquias poderosas, não aceitam de forma alguma que se pratique opressão entre os seres! Por isso, os dominadores seguem deseducando o povo. 
A mais fina flor do planeta é a humanidade, mas esta humanidade precisa libertar-se dos atrasos e dos obscurantismos que a aprisiona em relações sociais tão mesquinhas. Nós, socialistas livres, nos recusamos a seguir toda e qualquer forma de atraso político-econômico-jurídico-ideológico-discursivo. Nessas eleições, mais do que pedir votos, queremos que todos reflitam sobre o que estamos fazendo e sobre qual humanidade queremos construir. Todos os socialistas precisam ter clareza desse desafio, aliás, todos socialistas devem sempre saber, esse é o grande desafio: mudar radicalmente o mundo, começando desde já, não praticando nenhum comportamento degenerado do capitalismo! Saudações Socialistas Livres!

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