domingo, 12 de agosto de 2012

Escrita Socialista Livre: uma ferramenta a serviço do fim da exploração, do fim da opressão, do fim do atraso, do fim do obscurantismo!



Nós, trabalhadores, não podemos nos deixar guiar pela avalanche da prática ideológica burguesa. Obviamente, a prática ideológica burguesa manifesta-se através da linguagem. O ser humano se socializa através da linguagem, portanto, é através da linguagem que são naturalizadas, eternizadas, legitimadas, tornadas aparentemente necessárias, tornadas inevitáveis as diversas práticas ideológicas da burguesia.
Diante desse fato, qual o papel da Escrita dos Socialistas Livres? Justamente a possibilidade de inaugurarmos uma cultura radicalmente oposta às práticas ideológicas da burguesia capitalista. Não adianta apenas lamentar contra os atrasos do mundo, é preciso criar práticas ideológicas outras, e, em nosso ver, estas práticas ideológicas outras só serão superiores se forem práticas socialistas. Nossa linguagem, nossa escrita, é nossa teoria política. Dizia Lênin: “não há prática revolucionária sem teoria revolucionária”. Ele estava correto, essa é uma verdade científica. Por isso escrevemos e ficamos felizes com os que nos leem, pois nós queremos que nossas teorias de Socialistas Livres reacendam corações e mentes com a alegria de querer participar da luta por um mundo socialista e livre.
Não temos outro instrumento para fazer política: nossas palavras, nossa escrita, nossa conversa corpo a corpo é a ferramenta de que dispomos. Insistimos com nossa escrita. Sabemos que muitos nos recusarão, muitos não nos levarão a sério, mas muitos também prestarão atenção. E é isso que queremos: desejamos que muitos se sintam contagiados com a ideia de se tornar um SOCIALISTA LIVRE. Queremos que mais e mais pessoas também sintam o desejo de escrever e de lutar e de falar e de conversar sobre a possibilidade de um mundo socialista com democracia e liberdade.
O capitalismo não conseguiu dar vida digna para a humanidade, o capitalismo fracassou. Até os trabalhadores dos países do bem-estar social, na Europa, estão perdendo os direitos conquistados justamente para voltar a gerar mais-valia para os burgueses. Mas podemos criar um mundo diferente: não nos iludamos com as práticas da burguesia, elas são excludentes, são corruptas, baseiam-se em lucros extraídos à custa do roubo do trabalhodos trabalhadores, geram guerras intermináveis, condenam milhões ao desemprego, à fome, à miséria, fingem que dão possibilidades para todos, enganam bilhões de seres humanos, naturalizam e eternizam a miséria e o atraso.
A vida é muito bonita e misteriosa e curta e singular para a humanidade desfrutá-la sob a lógica atrasada da cultura e da prática ideológica burguesa. Vejamos as consequências do mundo capitalista: você sai à rua e não sabe se voltará vivo, poderá ser assaltado, violentado, atropelado, assaltado, estuprado, assassinado, acidentado pela loucura do trânsito deseducado pela pressa e pelo estresse. Você acorda e pode perder seu emprego e ter de ir para a fila da Bolsa Família do Governo Federal para não morrer de fome. E, na verdade, a Bolsa Família é um programa assistencial que só existe, porque vivemos em uma economia capitalista miserável e não generosa com os outros. Você pode adoecer e acabar morrendo na fila de hospitais do SUS que são depósitos de corpos pobres adoentados e desamparados por um sistema cruel. Você não pode dizer que o capitalismo se preocupa com a vida da coletividade. Pensemos: quantas mortes não naturais acontecem em um país como o Brasil? Seriam inevitáveis essas mortes? Em 24 horas, mata-se mais no Brasil do que se estivéssemos em uma guerra civil declarada. A vida é totalmente banalizada por esse sistema capitalista doente e esquizofrênico.
Nossa Escrita de Socialista Livre levanta-se contra essa lógica: postura crítica, reflexão, discussão política e mobilização permanente contra as práticas capitalistas, essa é nossa tarefa. Seja você também um Socialista Livre. Assuma essa tomada de posição política. Na luta de classes, existem apenas duas práticas políticas permanentes: PRÁTICA POLÍTICA 1: Reproduzir o capitalismo como natural, legítimo, inevitável, necessário e eterno; PRÁTICA POLÍTICA 2: Lutar para transformar-construir o mundo em um mundo que chamamos de SOCIALISTA.
Queremos você praticando a luta pela transformação do mundo! Seja também um Socialista Livre. Entrem em contato conosco. Não queremos centralizar ninguém, não queremos mandar em ninguém, não queremos silenciar a criatividade de ninguém, não queremos tirar a liberdade de ninguém, não queremos exercer poder sobre você, queremos você livre para escolher fazer sempre o que você achar certo, queremos você livre para criticar sempre o que você achar errado. Somos socialistas livres, somos um jeito diferente de praticar política: nossa filosofia é formar revolucionários socialistas livres, críticos e generosos.
Ninguém escraviza ideologicamente um socialista livre, não tem jeito, porque nosso método é o da postura crítica permanente. Não concordamos com as práticas dos partidos da esquerda socialista quando, de alguma forma, querem mandar em você. Mandar em você não é necessário, mandar em você não é natural, mandar em você não é inevitável, isso é uma velha prática ideológica da própria cultura escravocrata-burguesa, é preciso ser crítico com essas práticas que contaminam até a esquerda. É lamentável ver dirigentes socialistas caírem nesse erro atrasado. Essa prática serve para os que gostam de mandar e de se sentir importantes com o poder que exercem sobre os outros, mas não serve para construir um mundo socialista livre da exploração, livre da opressão, livre do atraso, livre do obscurantismo e LIVRE no sentido de que as pessoas devem ser LIVRES para desfrutar a vida.
Não queremos “seguidistas”. Apoiamos as propostas corretas dos partidos da esquerda socialista, quando, de fato, forem corretas estas propostas, e, inclusive, votamos neles, quando tais partidos apresentarem propostas políticas que avançam na construção do socialismo e quando tais partidos se mostrarem sensíveis, generosos e abertos ao diálogo e à crítica socialista. Porém, somos livres para criticar em alto e bom som as práticas não socialistas e não generosas dos partidos de esquerda. Não temos nada a perder senão os grilhões e os obscurantismos. Portanto, não fazemos vista grossa para os erros da própria esquerda. Temos postura crítica com os outros e, inclusive, conosco, logo nos orgulhamos de fazer autocrítica quando erramos. Não nos julgamos os donos da verdade.
Não somos independentes, um dia com o pé no capitalismo, outro dia com o pé no anarquismo, um dia do lado de uma corrente política, outra dia do lado de outra corrente política, um dia com o pé no socialismo, outro dia com o pé no comodismo. Ao contrário, não importa o lugar em que estivermos, somos uma filosofia política marxista, somos Socialistas Livres. Praticamos a luta pelo Socialismo com Liberdade, assumimos nosso lugar ao lado da classe trabalhadora, mas somos centralizados unicamente pelo projeto da revolução, somos unicamente centralizados pelo projeto de transformar o mundo. E somos livres nesse projeto, porque o escolhemos, rompemos com a burguesia, rompemos com o capital, essas práticas não nos atraem. Escolhemos lutar para construir o Socialismo, uma organização social que julgamos superiora para a humanidade desfrutar a vida.
Praticamos desde agora tudo o que achamos que tem de existir no Socialismo Livre: democracia operária de verdade, com respeito pleno ao direito das minorias se expressarem; respeito pleno ao pluripartidarismo socialista; estatização da produção de riquezas e planejamento coletivo da economia; justiça social, dando a cada um segundo suas necessidades, desde que sejam respeitados os limites energéticos do planeta; e liberdade de escolha para todos, isto é, cada indivíduo deve decidir o que fazer com sua consciência e com o seu corpo, desde que não oprima e não explore ninguém: a) o corpo da mulher não é objeto do homem, a mulher decide, no seu aqui e agora, o que fazer com o seu corpo; b) o corpo do homem não é objeto da mulher, cada homem decide, no seu aqui e agora, o que fazer com o seu corpo; c) o corpo do homossexual não tem de ser constrangido pela prática de uma maioria heterossexual, cada homossexual decide, no seu aqui e agora, o que fazer com o seu corpo; d) o corpo-consciência do religioso não tem de ser discriminado pela vontade do ateu, cada pessoa escolhe, no seu aqui e agora, se vai praticar ou não determinada fé; e) o corpo do ateu não tem de ser constrangido pelos que são crentes, cada corpo deve ser livre, no seu aqui e agora, para praticar a sua total não fé; f) cada pessoa escolherá sua forma de viver a sua afetividade-sexual, ou seja, cada corpo-consciência escolhe se quer ser monogâmico ou se quer viver a liberdade afetivo-sexual ou se quer ser celibatário: todos serão respeitados em sua liberdade de escolha afetivo-sexual, pois os corpos-consciências não são propriedades de ninguém, a não ser do próprio ser vivo individualmente; g) cada pessoa terá pleno direito de expressar sua raça, sem ser discriminada ou humilhada por isso, o racismo será considerado crime; h) cada corpo terá pleno direito de expressar sua singularidade estética, extinguindo-se propagandas ideológicas discriminatórias que criam imagens de corpos ideais, oprimindo indiretamente os corpos considerados não ideais pelo sistema. Cada corpo deve ser respeitado e valorizado por sua natureza de ser e de estar vivo, assim, no Socialismo Livre não haverá Corpos Modelos, pois Todos os Corpos são Modelos Únicos, são amostra da diversidade da vida; i) cada ser humano terá pleno direito de ir e vir e de ser tratado com gentileza, porque reverenciamos a vida e a liberdade dos seres: bullying, racismo, machismo, homofobia, preconceitos diversos, posse afetivo-sexual de pessoas, são comportamentos frutos do atraso e do obscurantismo que devem ser superados desde agora rumo à construção de um mundo Socialista Livre.


Nenhum comentário:

Postar um comentário