quarta-feira, 1 de maio de 2013

Denúncia da situação da E.E. Levi Carneiro - Zona Sul da Cidade de São Paulo

Será que é pedir muito?

(Como parte da proposta do nosso coletivo, divulgamos aqui um texto escrito por uma aluna denunciando a situação precária da escola onde ela estuda. Infelizmente, sabemos que esse é não é um caso isolado, mas sim a situação real de quase todas as escola públicas.)
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Sonhamos com uma escola digna, onde tenhamos a liberdade de nos expressar, onde possamos utilizar os materiais pedagógicos, onde sejamos respeitados, etc. Mas infelizmente existem várias unidades de ensino que não proporcionam uma educação adequada a seus alunos, como é o caso da E.E Levi Carneiro.
Pelas imagens que serão exibidas, fica evidente que a unidade de ensino Levi Carneiro encontra-se em péssimas condições de uso, colocando em risco a saúde dos alunos que estão nela matriculados. A situação está precária, e a direção da escola não está tomando nenhuma providência, e com isso acaba piorando ainda mais a imagem da escola. Não é exagero e sim o que está acontecendo de fato nessa unidade de ensino há muito tempo.
Além de não haver uma boa ventilação – pois as salas não têm janelas, apenas furos na parede por onde passa todo o ar, que não faz diferença alguma em tempos de calor – há em cada sala dois ventiladores, que nem sempre funcionam. Além dos alunos sofrerem com o excesso de calor, sofrem também em dias de chuvas, pois existem goteiras na maioria das salas de aula. O teto das salas de aula, como pode ser observado nas imagens abaixo, apresenta risco de desabar sobre alunos e professores. Existem diversas rachaduras no teto, tomadas quebradas com fios expostos, sem contar que as vezes aparecem insetos, devido a uma mata e resto de obras que há no fundo da escola.
Não conseguimos usufruir da quadra em tempos de chuvas, pois a quadra não é totalmente coberta, perdemos muitos materiais pedagógicos, pois o muro da quadra é baixo e as bolas caem sempre dentro do córrego que há ao lado da quadra, que também exala fortes odores. Sofremos também com os cocôs de pombos que há em toda a quadra. Enfim, a quadra está danificada e precisa de uma reforma urgente, pois começou a abrir buracos no chão, onde os alunos correm o risco de torcer o pé. A tela de proteção, que é de aluminio, está com pontas e pode machucar alguém. No teto da quadra há diversos pares de tênis, que aliás estão presentes há muito tempo.
A sala de computação, que uma minoria de alunos sabe que pode ser utilizada, está com manchas de mofo no teto. A biblioteca serve de sala de reunião dos coordenadores e professores, e nós, alunos, não podemos utiliza-lá. O laboratório está desativado há muito tempo, onde são armazenados os materiais que não conseguimos utilizar nas aulas de física e química. Os livros didáticos e os Cadernos do Aluno ficam jogados no chão, onde qualquer aluno tem fácil acesso. Há goteiras também na sala dos professores. Além disso, não existe papel higiênico nos banheiros dos alunos, somente no dos professores.
Estamos apenas lutando para que nossos direitos sejam respeitados, e pode durar o tempo que for pra termos uma escola digna, que iremos protestar até o fim, exigindo uma unidade de ensino onde possamos usufruir de todas as áreas existentes nela, assim como dos materiais pedagógicos, entre outros. Não estamos querendo muito, só queremos o que é nosso por direito.
Karina é aluna da E.E. Levi Carneiro, que fica no extremo sul de São Paulo


Mato alto e lixo ao lado da quadra - risco de doenças não só pra quem é da escola, como para a vizinhança.
Mato alto e lixo ao lado da quadra – risco de doenças não só pra quem é da escola, como para a vizinhança.
quadra 5
Fezes de pombo no chão da quadra
Grade danificada pode machucar os alunos
Grade danificada pode machucar os alunos
Teto apresenta risco de cair
Teto das salas apresenta risco de cair

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