
  Por volta das 20h de hoje (29/06) foi aprovado na Assembleia  Legislativa, por unanimidade a proposta de reajuste dos professores. A  proposta que é muito ruim e não garante a reposição das perdas salarias  foi apresentada pelo governo com o nome de PLC 37/2011 e continha a  seguinte proposta:
Em julho de 2011 - incorpora a GG ao salário base (R$ 92,00 que já recebemos) mais 8% de reposição sobre o salário base;
Em março de 2012-incorpora a 3º parcela da GAM (5%-já aprovado  desde 2009) e em julho de 2012 repõe mais 5% sobre o salário base;
Em julho de 2013- reposição de 6% sobre o salário base;
Em julho de 2014 - reposição de 7% sobre o salário base.
Além disso o PLC reafirma  a prova do mérito e transforma as cinco faixas em 8 faixas, mantendo as  provas e os professores aprovados receberão 10,8% de reajuste no  salário em detrimento dos 25% de antes. É a manutenção da meritocracia. Os  cinco níveis da evolução acadêmica e não- acadêmica, agora passam a ser  8 níveis. Ou seja, já faz boa parte do plano de carreira, sem atender  nenhuma demanda dos professores apresentadas nos polos. 
Durante o dia de ontem a oposição tentava fazer algum acordo com o  governo que pudesse melhorar a proposta. Após muitas reuniões entre  governo e deputados da oposição, surge uma proposta que foi votada por  unanimidade dos partidos, incluindo os do PT, PCdo B e PSOL. A única  alteração da proposta original para o que foi aprovado por unanimidade é que o governo pagará os reajustes em junho e não julho. O governo também se compromete que em dezembro de 2011 irá estudar  se o reajuste de 2012 possa ser de 10% ao invés de 5% e que irá negociar todos os anos com as entidades do magistério. 
Com certeza esse acordo foi uma vergonha. Os deputados da oposição  em nome da suposta melhora da proposta votaram a favor de um projeto que acaba com nossa data-base de março, pois se institucionalizou o mês de junho, votaram a  favor de um projeto que reafirma a meritocracia (prova do mérito),  modifica o cálculo do ALE (adicional local de exercício) para pior, e  ainda parcela nossa reposição em quatro anos, quando na melhor hipótese,  de que a inflação fique nos patamares atuais, nosso poder de compra  daqui a quatro anos será o mesmo de hoje, ou seja, não existe reposição  das perdas. 
  Não causou surpresa o PT e o PCdoB fazerem esse acordo absurdo  e rebaixado, afinal já haviam votado na noite anterior na assembléia  legislativa do Rio Grande do Sul a proposta do governador Tarso Genro  (PT) que aumentou a contribuição previdenciária dos servidores que  recebem acima do teto do INSS de 11% para 14%. Porém nos causou muita  surpresa o PSOL ter aceitado este acordo. Apesar da declaração  de Gianazze fazendo ressalvas ao projeto do governo e declarando ser  contra o escalonamento e contra o mérito, votou pelo projeto, com o  mesmo argumento do PT, de que era o possível. Acredito que o companheiro  cometeu um grave erro e para ter ficado ao nosso lado até o fim deveria  ter votado contra o projeto e reafirmado o que dizia suas próprias  emendas, que era pagamento integral dos 42,2% anunciados pelo governo em  parcela única retroativa a março de 2011, o fim da prova do mérito. 
Acredito que é bem melhor a coragem de ter lutado até o fim, do que  ter se rendido a um acordo que livra a cara do governo, pois ao ter  contado com o voto do companheiro Gianazze que luta lado a lado conosco a  anos na defesa da escola pública transparece algo progressivo aos  educadores. Esperamos que os companheiros do PSOL reflitam e revejam sua  posição.
De nossa parte, continuaremos na luta, organizando os professores e  professoras para resistir aos ataques do governo seja federal ou  estadual. 
Por João Zafalão - candidato a presidente da APEOESP pela chapa 2 - Oposição Unificada na Luta em 2011.
 
 
 
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