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Antigamente, as greves não eram regulamentadas. Tudo era resolvido quando o mais forte vencia, era uma verdadeira luta. As atividades laborais permaneciam paralisadas até que a situação fosse resolvida. Às vezes, os trabalhadores retornavam ao trabalho por medo do desemprego e às vezes a patronal atendia as reivindicações para evitar maiores prejuízos. A greve se generaliza como instrumento de luta a partir do desenvolvimento do capitalismo, sendo a Inglaterra, com a revolução industrial, o berço da organização da classe operária. Milhares de operários foram colocados em fábricas com jornada de trabalho chegando até 16 horas, sem repouso remunerado, com crianças e mulheres sendo superexploradas e sem nenhuma legislação trabalhista para garantir os direitos mínimos. Com o tempo, após muitas lutas dos trabalhadores, os direitos são conquistados, entre eles o direito de greve. Como tudo começou... Por causa dessa superexploração e da mecanização do trabalho a partir das indústrias, acontecem várias revoltas da classe trabalhadora. Em 1811, estoura na Inglaterra o movimento ludista, que pregava a oposição ao desenvolvimento tecnológico ou industrial. Seus seguidores entravam nas indústrias e quebravam as máquinas por acreditarem que elas eram as responsáveis pelo aumento do desemprego. Com o avanço da consciência da classe trabalhadora esse movimento foi superado pela formação de sindicatos, organismos criados para lutar pela valorização da venda da força de trabalho. A greve passa a ser, então, o principal instrumento desta luta. Lenine - líder da revolução russa de 1917 - no artigo GREVE afirma que na economia capitalista, os trabalhadores não trabalham para si, mas para os patrões em troca do pagamento de salários. “Compreende-se que os patrões tratem sempre de reduzir o salário: quanto menos entregam aos operários, mais lucro lhes sobra. Em compensação, os operários tratam de receber o maior salário possível, para poder sustentar a sua família com uma alimentação abundante e sadia, viver numa boa casa e não se vestir como mendigos, mas como se veste todo mundo. Portanto, entre patrões e operários há uma constante luta pelo salário”, explica Lenine. Isso também serve para quando se fala do governo e dos serviços públicos e estatais. No caso do governo Dilma houve o corte de 50 bilhões no orçamento do estado que seria para saúde e educação. Isto para aumentar o superávit primário - dinheiro reservado para pagar banqueiros. Outro exemplo é a situação dos Correios em que o governo Dilma está transformando esta estatal em Correios S/A, um início da privatização. Às vezes os trabalhadores tem ganhos econômicos e as vezes não, mas quais as lições que os trabalhadores podem tirar de uma greve? Quem responde esse questionamento é o próprio Lenine. “As greves ensinam os operários a unirem-se; as greves fazem-nos ver que somente unidos podem aguentar a luta contra os capitalistas; as greves ensinam os operários a pensarem na luta de toda a classe patronal e contra o governo autocrático e policial. Exatamente por isso, os socialistas chamam as greves de 'escola de guerra', escola em que os operários aprendem a desfechar a guerra contra seus inimigos, pela emancipação de todo o povo e de todos os trabalhadores do jugo dos funcionários e do jugo do Capital”. Fonte: http://www.sintectpe.org.br/ |
domingo, 25 de dezembro de 2011
O Que é Greve
Postado por
mazucheli
às
22:22
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Greve
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