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AGIR - O estudantado está de novo a tomar as ruas para revindicar o que é seu. Na Galiza estamos a assistir hoje, 16 de Dezembro, a um jornada de greve geral na Universidade de Santiago de Compostela.
Porém, desde há semanas o estudantado universitário da Irlanda, a Itália e a Inglaterra estám manifestando-se, luitando entre fortes dispersons policiais polo simples direito à educaçom. Igualmente, na America Latina onde o estudantado equatoriano representado polo sua Federaçom Estudantil Universitária leva meses agindo contra umha lei que elitiza numha maior medida o ensino universitário e elimina a autonomia universitária, batalha que já supujo o encarceramento por "terrorismo" do seu presidente nacional, Marcelo Rivera.
Em síntese, estamos a viver a resposta estudantil às consequências educativas da forte reconversom do capital mundial que tenta recuperar a taxa de lucro através da precarizaçom da força de trabalho e da privatizaçom de serviços essenciais. Isto fai da universidade um campo de batalha entre a inutilidade (dentro do modelo económico em marcha) da qualificaçom de mao de obra e privatizaçom das estruturas universitárias rentáveis economicamente (junto com a eliminaçom da maioria nom rentável) contra o direito dos povos à educaçom e construçom de estruturas educativas próprias e populares.
No concreto, isto materializa-se através dum forte aumento das taxas académicas (por exemplo multiplicam-se por três na Inglaterra) e das travas administrativas ao livre estudo da titulaçom (reduçom de convocatórias, supressom de matérias, translada-se conteúdo dos graus aos post-graus...). Isto supom transladar a polarizaçom social e territorial que está a provocar a crise sistémica também à universidade. Cada vez há mais pobres e cada vez haverá menos estudantes universitári@s, processo que alcança dimensons nunca vistas ao afectar esta divisom social à sociedade do centro capitalista, como demonstram os fortes protestos estudantis.
Ao tempo estas selecçons económicas no acesso ao ensino superior suponhem a visibilizaçom do fracasso do suposto modelo social europeu baseado na economia do conhecimento. Estas selecçons, que obviamente reduzirám o número de estudantes, afirmam claramente que a chave da riqueza é a extensom de miséria, material mas também cultural.
Os ataques que estamos a sofrer o estudantado galego nom som poucos nem tampouco casualidade. Estám imersos numha grande ofensiva do capital contra os direitos da maioria social. Porém, nom estamos sós, a nossa luita é a mesma que a do estudantado irlandês, italiano, inglês ou equatoriano. Mas também é a mesma luita que a do proletariado e a classe trabalhadora que se opom ao despido livre , a supressom das ajudas sociais e o adiamento da idade de reforma; luitamos igualmente contra o grande capital que compra estados soberanos, fecha universidades, procura o lucro em qualquer actividade e procura, agora e sempre, a escravidom da maioria social
Por isso, temos que luitar!
Na Galiza, na Irlanda, na Itália, no Equador, estudantes à rua!
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