Rebelión - [Joshua Holland, AlterNet] [Tradução do DL] O controverso presidente egípcio Hosni Mubarak, cujo regime recebeu bilhões de dólares de ajuda americana, está ultimamente no centro da atenção midiática global. Faz tempo que ele é “nosso filho da puta”, mas não é o único. Vamos dar uma olhada nos demais ditadores do planeta que são afortunados o bastante para gozar da aprovação do Tio Sam. Paul Biya, Camarões Gurbanguly Berdymuhammedov (ou Berdymukhamedov), Turcomenistão. Berdymuhammedov chegou ao poder em 2006 quando morreu seu antecessor e o sucessor constitucional foi preso. Segundo o Departamento de Estado: “Durante vários anos na década de noventa, Turcomenistão foi um protagonista-chave na Iniciativa Energética da Bacia do Cáspio dos EUA, que tratava de facilitar negociações entre os sócios comerciais e os governos do Turcomenistão, Geórgia, Azerbaijão e Turquia, para construir um gasoduto sob o Mar Cáspio e exportar gás turcomano ao mercado interno turco de energia e para fora – o denominado Gasoduto Trans-Cáspio (TGGP)”. A lista de Parade Magazine dos piores ditadores do mundo assinala que “EUA segue importando petróleo do Turcomenistão (pelo valor de 100 milhões de dólares em 2008), enquanto a Boeing fornece aviões ao governo turcomano. Chevron... abriu um escritório na capital turcomana, Ashgabat”. Human Rights Watch disse que ainda que Berdymuhammedoy tenha dado alguns passos “para reverter algumas das políticas sociais mais arruinadas” de seu antecessor, “o governo segue sendo um dos mais repressivos e autoritários do mundo”. Teodoro Obiang Nguema, Guiné Equatorial. Há trinta e dois anos, Obiang Nguema depôs – e depois executou – seu tio, Francisco Macías, em um golpe sangrento. Peter Maas o qualificou não só como “o pior ditador da África”, mas também como “o homem cuja vida parece uma paródia do gênero ditatorial”. Obiang... Prometeu mais benevolência e amabilidade do que seu antecessor, mas nos anos noventa inclusive o embaixador dos EUA em Guiné Equatorial recebeu uma ameaça de morte de uma pessoa de confiança do regime e teve que ser deposto. Pouco tempo depois, descobriu-se petróleo mar adentro e a primeira onda de ingressos – uns 700 milhões de dólares – foi transferida a contas secretas sob o controle pessoal de Obiang. Segundo Parade: “EUA importou mais de três bilhões de dólares em produtos petroleiros da Guiné Equatorial” em 2008. Idriss Deby, Chade Esse ano também importamos petróleo pelo valor de três bilhões de dólares do Chade. Segundo o Departamento de Estado: “EUA mantém relações cordiais com o governo de Deby. Chade demonstrou ser um sócio valioso na guerra global contra o terror e ao proporcionar abrigo a uns 200.000 refugiados da crise de Darfur no Sudão ao longo de sua fronteira oriental.” O informe de 2010 da Anistia Internacional sobre Chade contém um quadro impressionante: Apesar dos militares do Chade serem acusados de utilizar os meninos como soldados, Parade destaca que “EUA segue instruindo comandos do Chade”. Islam Karimov, Uzbequistão O que faz com que Karimov seja tão especial é seu (suposto) gosto por ferver seus opositores políticos até que morram. Meles Zenawi, Etiópia Zenawi governou Etiópia durante 20 anos. Só no ano passado, depois do que Human Rights Watch chamou de “meses de intimidação a partidários de partidos de oposição”, o partido de Zenaqi, a Frente Revolucionária Democrática Popular Etíope, obteve 99,6% dos votos. Legitimidade! Rei Abdullah Bin Abdul-Aziz, Arábia Saudita. Aparentemente, quando um Estado teocrático islâmico comete crimes horríveis contra seus cidadãos, só é importante se esse Estado se chama Irã. Arábia Saudita, claro está, é um dos aliados mais importantes dos EUA. O governo dos EUA forneceu segurança para a família real saudita durante décadas, em troca de... Petróleo. Abdullah instituiu algumas reformas desde que chegou ao poder em 2005, mas Human Rights Watch disse que “as iniciativas foram em grande parte simbólicas, apenas pequenas melhorias concretas ou proteção institucional para os direitos”. O informe da Anistia Internacional de 2010 acusa as autoridades sauditas de uso contínuo de “uma ampla gama de medidas repressivas para eliminar a liberdade de expressão e outras atividades legítimas”. Centenas de pessoas foram pressas como possíveis terroristas. Outras milhares, detidas em nome da segurança em anos anteriores, seguem na prisão; incluem-se prisioneiros de consciência. Uns 330 suspeitos de terrorismo receberam julgamentos injustos ante um novo tribunal especializado e excludente; um foi condenado à morte e 323 foram condenados a penas de prisão. O beijo de Bush (foto) Joshua Holland é editor e escritor de AlterNet. É de The 15 Biggest Lies About the Economy (and Everything else the Right Doesn't Want You to Know About Taxes, Jobs and Corporate America). Fonte: http://www.alternet.org/story/149805/ Traduzido do inglês para Rebelión por Germán Leyens Traduzido do espanhol para Diário Liberdade por Gabriela Blanco. |
Fonte: Diário da Liberdade
Nenhum comentário:
Postar um comentário