quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Hipótese científica, teoria ou lei?




Hipótese científica, teoria ou lei?
Conhecer a diferença entre uma hipótese, uma teoria e uma lei, é essencial para a compreensão da ciência, mas para os que não possuem conhecimentos específicos sobre determinados assuntos, às vezes essas definições podem não ser tão claras assim, pois os mesmos termos são usados de forma diferente em um contexto coloquial.
Definido a ciência.
Então, o que significa quando você chama algo de hipótese, uma teoria ou uma lei?
Hipótese.
Uma hipótese é um palpite razoável baseado no que você conhece ou observa, muitos não sabem, mas as hipóteses são provadas e refutadas o tempo todo.
As hipóteses desempenham um papel importante no método científico, o processo que atua como o fundamento da exploração científica. Depois de formular uma pergunta, um cientista deve criar uma hipótese, e uma potencial resposta para essa questão. Então eles fazem uma previsão falseável, depois eles analisam e testam os dados. Mesmo assim, uma hipótese precisa ser testada e reanalisada muitas vezes antes de ser geralmente aceita na comunidade científica como verdadeira.
Exemplo: você observa que, ao acordar todas as manhãs, seu lixo é derrubado e o espalhado pelo quintal. Você cria uma hipótese de que os guaxinins foram os responsáveis por esse ato. E através de testes, os resultados apoiarão ou refutarão sua hipótese.
Teoria.
Uma teoria científica consiste em uma ou mais hipóteses que 
foram suportadas através de repetidos testes. As teorias são um dos pilares da ciência, e são amplamente aceitas na comunidade científica como sendo verdade.

Uma teoria nunca deve ser demonstrada como incorreta; se for, a teoria já estará provada. As teorias também podem evoluir. Isso não significa que a velha teoria estava errada. Ela poderia simplesmente estar incompleta.
A evolução da física newtoniana para a relatividade geral é um exemplo de criação de uma ‘’teoria mais completa.’’
Quando Sir. Isaac Newton descobriu a teoria da gravidade e escreveu leis que explicavam os movimentos dos objetos, ele não estava errado sobre o funcionamento do mundo, mas ele também não estava totalmente correto. Einstein mais tarde descobriu as teorias da relatividade geral e especial, e assim criou uma teoria mais completa da gravidade. Na verdade, quando você está muito abaixo da velocidade da luz, muitas das equações em geral da relatividade especial dão os resultados de Newton. E a NASA usou os dados das equações de Newton para planejar missões para suas naves espaciais.
Então, o que acontece quando você tem duas teorias que se contradizem, como as teorias do estado estacionário e a teoria do Big Bang (a primeira diz que a densidade do universo não muda ao longo do tempo e não tem início e nem fim, enquanto o última afirma que o universo foi se tornando bem menos denso com o passar do tempo, e que ele se iniciou a partir de algum ponto do tempo com o Big Bang).
Nesse caso, os cientistas fizeram observações, hipóteses e previsões testáveis para descobrir qual teoria estava correta. Por exemplo, um cientista pode observar que o universo está em expansão, e imaginando que em algum ponto ele se iniciou, e ele foi então testar sua hipótese através da matemática.
Eventualmente, nenhuma das teorias foi revogada completamente, como foi o caso da teoria do Estado estacionário e do Big Bang, isso por que ambos aspectos corretos de cada teoria foram combinados para formar uma nova e melhorada teoria.
Em ambos os casos, as teorias precisaram suportar os rigores de testes e retestes. Depois que uma teoria se revela ao longo do tempo, a comunidade científica a aceita como correta. Em muitos casos, essas teorias constituem o fundamento sobre o qual outras teorias são construídas. Um exemplo são as teorias de Einstein para a relatividade geral e especial. Essas teorias se sustentam como bases para muitas, muitas outras teorias e equações (como a lei de Hubble e o raio de Schwarzschild).
Se a relatividade nunca for refutada, isso causaria um efeito dominó em muitas outras áreas da ciência. No entanto, uma vez que a matemática sempre funciona no caso da relatividade, a probabilidade de isso acontecer é muito, muito baixa. A relatividade provavelmente se tornará uma pequena peça de um quebra-cabeça bem mais complexo, e a melhor candidata segundo os cientistas a teoria mais completa, é a hipótese da ‘’ Grand Unification’’, mas esse é um assunto para uma outra hora.
Lei.
As leis científicas são curtas, doces e sempre verdadeiras. Elas são muitas vezes expressas em uma única frase e geralmente dependem de uma equação matemática concisa.
As leis são aceitas como universais, e também são as pedras angulares da ciência. Elas nunca devem estar incorretas (é por isso que existem muitas teorias e poucas leis). Se uma lei fosse comprovadamente falsa, qualquer ciência construída sobre essa lei também teria que ser descartada.
Exemplos de leis científicas (também chamadas de "leis da natureza") incluem as leis da termodinâmica, a lei dos gases de Boyle-Mariotte, e a leis da gravitação.
Teoria versus Lei.
Uma lei não é melhor do que uma teoria, ou vice-versa. Elas são apenas diferentes e, no final, o que importa na verdade, é que elas sejam usadas corretamente.
Uma lei é usada para descrever uma ação sob certas circunstâncias. Por exemplo, a evolução é uma lei - a lei nos diz o que acontece, mas não descreve como ou porquê.
Uma teoria descreve como e por que algo acontece. Por exemplo, a evolução através da seleção natural é uma teoria. Ela fornece uma série de descrições para vários mecanismos e descreve o método pelo qual a evolução funciona.
Outro exemplo é a famosa equação Einstein E = MC². A equação é uma lei que descreve a ação da energia sendo convertida em massa. As teorias da relatividade especial e geral, por outro lado, mostram como e por que algo com massa é incapaz de viajar à velocidade da luz.
Felizmente, isso deve ter ajudado a expandir a sua compreensão, do que significa quando os cientistas chamam de algo de uma hipótese, uma teoria ou uma lei.
Referências: Thought Co , UC Berkeley

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