Em greve há mais de dois meses e ocupando a Reitoria há mais de 40 dias, o clima esquentou ainda mais na Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Nesta quarta-feira, 16, por volta das 15 horas, Talyta Soares, uma das alunas que compõe o comando de greve dos estudantes teve em sua casa dois homens encapuzados que chegaram em um veículo Corolla de cor preta e a ameaçaram de morte. Deixaram um bilhete no qual se lia “Não adianta contar vitória antes do tempo. Muita água ainda pode rolar... Seguem alguns nomes que podem descer na enchente do rio”. O bilhete trazia uma lista de professores e estudantes que estariam “marcados", sendo que a maioria dos nomes é de integrantes do Comando de Greve de Estudantes e de Docentes. A violência também atinge grevistas de outros campi que apóiam o movimento.
Diversas ações violentas já foram feitas para intimidar o movimento grevista. No dia 04 de novembro o professor do Campus de Rolim de Moura, Fabrício Almeida, teve seu carro alvejado por uma pedra com um bilhete ameaçador. No início da greve um estudante de medicina teve o vidro do seu veículo quebrado. “São ações ameaçadoras que tentam acabar com o movimento”, desabafa uma estudante que não quis se identificar. “Querem que calemos a boca, mas não calaremos enquanto não denunciarmos toda a corrupção que existe na UNIR”, concluiu.
Ameaças iniciaram em 2010
Uma das principais denúncias dos grevistas refere-se a uma licitação tida como superfaturada para aquisição de imóvel em Rolim de Moura no valor de R$7.500.000,00, valor acima da média naquele município. Além disso, a licitação não atendia aos critérios da legislação, mas o recurso para pagamento já havia sido empenhado à empresa. O processo que se arrasta desde 2010, já havia sido denunciado pela professora Marilsa Miranda de Souza, que também recebeu ameaças de morte naquela ocasião. À época, diversas organizações de direitos humanos denunciaram o ocorrido em Rondônia.
Segundo o Comando de Greve dos Docentes, partidários do reitor picharam uma placa em frente ao campus, atacando movimento de greve e, nas redes sociais, um estudante ameaçou jogar uma bomba no campus. Há também ameaças registradas em vídeo, que estão sendo denunciadas à Polícia Federal e Polícia Civil.
Uma das principais denúncias dos grevistas refere-se a uma licitação tida como superfaturada para aquisição de imóvel em Rolim de Moura no valor de R$7.500.000,00, valor acima da média naquele município. Além disso, a licitação não atendia aos critérios da legislação, mas o recurso para pagamento já havia sido empenhado à empresa. O processo que se arrasta desde 2010, já havia sido denunciado pela professora Marilsa Miranda de Souza, que também recebeu ameaças de morte naquela ocasião. À época, diversas organizações de direitos humanos denunciaram o ocorrido em Rondônia.
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Fonte: ANDES-SN
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